Núcleo da Terra desacelera e fenômeno pode afetar duração dos dias

Divulgação/Pixabay

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13/02/2023 - 10h31

Um novo estudo revela que o núcleo da Terra pode ter desacelarado. A constatação foi feita a partir de dados de terremotos analisados pelos sismólogos Yi Yang e Xiaodong Song, da Universidade de Pequim, e publicada na revista acadêmica Nature Geoscience.

De acordo com reportagem do R7, as pesquisas realizadas ao longo dos anos mostram que a camada mais profunda e mais quente do planeta possuía um movimento de rotação mais rápido do que o manto e a crosta. Yi Yang e Xiaodong Song acreditam que a “freada” tenha acontecido por volta de 2009.

A observação leva em conta diversos pontos do planeta, o que confirma que o fenômeno é global.

A mudança pode ajudar a esclarecer o papel que o núcleo interno desempenha na manutenção do campo magnético do planeta. Outra questão são as alterações que essa nova movimentação pode gerar como um todo.

Os dados sugerem que a estrutura pode até estar no processo de voltar à subrotação, o que pode causar fenômenos geofísicos mais amplos, como aumento ou diminuição na duração de um dia na Terra.

Outras alterações possíveis seriam mudanças nas temperaturas do planeta e no nível do mar.

O novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU — o IPCC —, publicado nesta segunda-feira (4), propõe uma série de medidas para lutar contra o fenômeno e manter a possibilidade de um futuro “viável”.

Se as emissões de gases de efeito estufa não forem reduzidas significativamente até 2030, a meta de +1,5ºC para a temperatura média do planeta estará “fora de alcance”. As políticas atuais abrem caminho para um aquecimento global de +3,2ºC até o fim do século. As emissões deveriam, portanto, atingir o pico em 2025, o que parece improvável. A trajetória voltou a subir em 2021, atingindo níveis recordes pré-pandemia. O nível de emissões de 2019, que equivale ao “orçamento de carbono” disponível para conservar 66% das possibilidades de ficar abaixo de +1,5ºC, será totalmente consumido em oito anos.

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • R7



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