A maneira como a pandemia do novo coronavírus avança
pelo mundo ainda traz questionamentos sobre a disseminação do vírus em cada
país e as medidas preventivas mais eficazes. Recentemente, o CDC (Centro de
Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos) atualizou a página
"Como a covid-19 se espalha" no seu site para esclarecer informações
sobre os tipos de propagação do vírus.
O vírus pode ser transmitido entre pessoas que estão em estreito contato umas
com as outras (até 2 metros de distância). "Através de gotículas
respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.
Essas gotículas podem pousar na boca ou no nariz de pessoas próximas ou
possivelmente podem ser inaladas nos pulmões", afirma o órgão no texto.
"A transmissão é muito
mais frequente de pessoa para pessoa, principalmente quando tive sintomas
respiratórios", afirma Airton Tetelbom Stein, professor titular de Saúde
Coletiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
A covid-19 pode ainda ser transmitida por pessoas contaminadas que não apresentam
sintomas.
Superfícies ou objetos contaminados
Segundo a agência americana,
com base em dados de estudos de laboratório sobre a covid-19, pode ser possível
que uma pessoa possa adquirir a doença tocando em uma superfície ou objeto com
o vírus e, em seguida, tocando sua própria boca, nariz ou possivelmente seus
olhos. "Não se acredita que essa seja a principal maneira de o vírus se
espalhar, mas ainda estamos aprendendo mais sobre como esse vírus se
espalha", afirma o CDC.
"O CDC reforça mais do
que nunca que o vírus é transmitido de pessoa a pessoa, sendo a forma principal
de transmissão por gotículas, o que valoriza mais ainda o cuidado do
distanciamento social. Somente diz que (por superfícies ou objetos
contaminados) não é a forma principal de transmissão", avalia Lauro
Ferreira Pinto Neto, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia e
professor da Santa Casa de Vitória.
Para o infectologista, a
mudança não foi tão impactante, apenas realça o risco de transmissão de pessoa
para pessoa, sem desmerecer a transmissão por objetos ou animais. "Cuidado
maior com pessoas que estão falando, tossindo ou espirrando perto da gente,
mesmo quem não esteja na fase inicial da doença", diz.
Todos devem manter a
higienização correta das mãos, assim como de encomendas que recebem em casa e
produtos adquiridos em estabelecimentos como supermercados e farmácias. Também
é importante limpar objetos utilizados diariamente. "A limpeza de chaves e
celulares, por exemplo, deve ser mantida com muita frequência no dia a
dia", reforça o especialista.
A OMS (Organização Mundial de
Saúde) recomenda ainda que a pessoa sempre lave as mãos após tocar em objetos
compartilhados ou que possam estar contaminados.
Transmissão de animais para pessoas
Ainda segundo o texto, é baixo
o risco de o vírus se espalhar de animais para humanos. "O CDC está ciente
de um pequeno número de animais de estimação em todo o mundo, incluindo cães e
gatos, que estão infectados com o vírus que causa a covid-19, principalmente
após contato próximo com pessoas infectadas".
Por fim, o CDC reforça quais
são as principais medidas para diminuir a propagação da doença:
- Mantenha uma boa distância
social (aproximadamente 2 metros);
- Lave as mãos frequentemente
com água e sabão. Se não houver água e sabão, use um desinfetante para as mãos
que contenha pelo menos 60% de álcool;
- Rotineiramente limpe e
desinfete as superfícies frequentemente tocadas;
- Use máscara facial em
ambientes públicos.
Cálculos de riscos de transmissão
Circulam ainda nas redes
sociais informações atribuídas ao CDC norte-americano sobre cálculos de riscos
de transmissão do novo coronavírus e indicação da carga viral necessária para o
início da doença.
No entanto, os dados não foram
encontrados pela reportagem no site do centro de prevenção e controle de
doenças norte-americano. Procurada, a agência ainda não confirmou a veracidade
das informações.
"A informação traduzida
para o português não está embasada no link do site do CDC que é encaminhado
junto. A informação deve sempre ser checada na fonte original e não na
tradução", afirma Stein.
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