A Petrobras
anunciou nesta quarta-feira (12) uma redução de 4,6% no preço médio do diesel
em suas refinarias, para R$ 2,0664 por litro, a partir de quinta-feira (13), e
simultaneamente informou uma revisão em suas regras sobre periodicidade das
mudanças de preços.
"A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina
serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de
mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir
de maneira mais eficiente e flexível", afirmou a empresa em nota.
A empresa ainda manteve os preços da gasolina para quinta-feira.
Após idas e vindas sobre a sua política de preços, cuja periodicidade no
passado chegou a ser quase diária, a Petrobras definiu em março que os valores
do diesel não poderiam ser alterados em intervalos inferiores a 15 dias, em
meio a pressões de caminhoneiros.
Já a gasolina, pela última política, não poderia ter o preço mantido por
mais de 15 dias, prazo que levava em conta um mecanismo de hedge adotado pela
estatal.
A redução no preço do diesel ocorre em meio a uma queda nos preços do
petróleo e a um real mais forte frente ao dólar, fatores que interferem na
decisão da Petrobras.
Nesta semana, a Petrobras baixou o preço da gasolina em cerca de 3%,
para R$ 1,81 por litro, na segunda queda do mês para o combustível.
Em 1º de junho, a empresa já havia reduzido também o preço médio do
diesel em 6% nas refinarias.
Nesta quarta-feira, os preços do petróleo no mercado internacional
recuaram 4%, para seus níveis mais baixos de fechamento em quase cinco meses,
enfraquecidos por um novo aumento inesperado nos estoques do produto nos
Estados Unidos e por uma previsão mais baixa para a demanda global.
No ano, contudo, o preço do petróleo Brent acumula alta de mais de 10%.
Já os preços dos combustíveis da Petrobras seguem acumulando altas no
ano: 14% para o diesel; e 20% para a gasolina.
No mesmo comunicado em que anunciou a revisão na periodicidade do reajuste, a empresa afirmou que "ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismos de proteção via derivativos".
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