Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília — Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
O Supremo Tribunal
Federal (STF) formou maioria de votos para manter a suspensão da lei que criou
o piso salarial dos profissionais de enfermagem até que sejam analisados os
impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de
municípios e estados.
Até a tarde desta quinta-feira (15), o placar era de 7 a 3 pela suspensão da medida. Ainda falta o voto da presidente do STF, Rosa Weber.
A lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os ministros julgam no plenário virtual a decisão individual do relator, ministro Luís Roberto Barroso. O entendimento de Barroso foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
Os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin divergiram e votaram para derrubar a suspensão.
SALÁRIO -BASE
Apresentada pela
Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços
(CNSaúde), a ação analisada pelo STF questiona a validade da medida por
entender que a fixação de um salário-base para a categoria terá impactos nas
contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de
estados e municípios.
A lei aprovada pelo Congresso fixou o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).
POSIÇÃO DO SENADO
O presidente do
Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, reagiu há pouco à decisão da maioria
dos ministros do STF para manter suspensos os pagamentos do piso salarial da
enfermagem — até que sejam r
O senador afirmou que a posição do Supremo não sepulta o piso nacional da categoria, mas o suspende, “algo que o Congresso Nacional evidentemente não desejava”. “Diante da decisão colegiada do STF, cabe-nos agora apresentar os projetos capazes de garantir a fonte de custeio a estados, municípios, hospitais filantrópicos e privados”, disse Pacheco.
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