A Polícia Civil apurou que a Prefeitura de São Carlos presta serviço ao
produtor rural fornecendo maquinário pesado (trator, retroescavadeira,
giratória, etc) para a realização de melhorias em suas propriedades. Após o uso
das máquinas, uma “ordem de serviço” é emitida, referente à “Hora-Máquina”,
para que o produtor rural faça o pagamento da taxa correspondente ao serviço
prestado.
O investigado, que exerceu o cargo de Secretário do Município, era responsável por encaminhar a “ordem de serviço”, ou a “hora-máquina”, assinada pelo produtor rural ao setor de tributação, a fim de formalizar a dívida pelo uso da máquina e ainda para possibilitar a cobrança da taxa por parte do Município.
Ocorre que, em vez de encaminhar o documento ao setor de Tributação, o investigado retirou os documentos da Prefeitura. Ainda chegou ao conhecimento da Polícia Civil que esse investigado, supostamente, apresentou essas ordens de serviço a determinados produtores rurais, indicando que, caso votassem nele nas últimas eleições, não precisariam pagar pela Hora-Máquina.
A investigação ainda constatou que durante a campanha, o
investigado teria rasgado ordens de serviço. Fragmentos de documentos públicos
foram encontrados rasgados em uma estrada da zuna rural, dias antes das
eleições.
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu na residência
do investigado 25 ordens de serviço que correspondem a 71 horas-máquina. A
Polícia Civil foi imediatamente à Prefeitura, no setor de tributação, e
constatou que 24 ordens de serviço ainda não tinham sido registradas. Sem essas
notas, seria impossível realizar a cobrança da Hora-Máquina.
A documentação apreendida será encaminhada à Prefeitura para
viabilizar a cobrança devida. A investigação continua, a fim de apurar se ainda
há outras ordens de serviço a recuperar e se outros eleitores foram abordados
com a proposta de não pagar pela hora-máquina em troca de voto nas eleições de
2020.
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