Ainda que seja proibido no Brasil, os jogos de azar nunca
deixaram de fazer parte da rotina dos brasileiros. Um estudo de 2018 do Portal
BNLData, em parceria com o Instituto Brasileiro Jogo Legal, indica que as
apostas ilegais movimentam, anualmente, cerca de R$ 20 bilhões.
A maior fatia vem do jogo do bicho (R$ 12 bi), seguido por bingos (R$ 1,3
bi), caça-níqueis (R$ 3,6 bi) e apostas esportivas e jogos pela internet (R$ 3
bi). Apesar de ser proibido desde a década de 40 no Brasil, a estimativa é que
20 milhões de brasileiros apostam diariamente no jogo do bicho e mais de 10
milhões em jogos pela internet.
O assunto volta à pauta do Congresso Nacional, que pode aprovar ainda este
ano a criação do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, através do substitutivo
ao PL 442/91, na Câmara dos Deputados, e o PLS 186/14, no Senado Federal. As
duas propostas estão prontas para votação no Plenário das duas Casas Legislativas.
“O jogo está proibido no Brasil há 77 anos. Se a gente tributasse os R$ 20 bilhões que hoje nós temos em arrecadação com o jogo clandestino, nós estaríamos falando em algo de R$ 6 bilhões por ano (de impostos). Se a gente multiplicasse R$ 6 bilhões por 77, a gente chegaria em uma conta tão absurda, mas que vale a pena fazer, que é algo em torno de R$ 462 bilhões, recursos estes que seriam para os cofres públicos", estima o presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Magno José.
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