O governo russo anunciou neste sábado (13) que, em setembro,
começará a produzir, em grandes quantidades, uma vacina contra o novo
coronavírus, que já infectou mais de meio milhão de pessoas no país.
O Centro Nacional de Pesquisa
em Epidemiologia e Microbiologia Gamalei, que recebeu o nome de um famoso
virologista russo soviético e trabalha em cooperação com o Ministério da
Defesa, será o responsável pela fabricação.
Até agora, o Ministério da Defesa do país informou que 50 soldados - 45 homens
e 5 mulheres - se ofereceram para participar dos ensaios clínicos do Centro de
Pesquisa Científica.
O governo russo informou que
dez centros científicos no país estão atualmente trabalhando no desenvolvimento
de vacinas e medicamentos para combater a doença infecciosa, incluindo a
Universidade Estatal de Moscou.
No final de maio, o presidente
russo Vladimir Putin ordenou que o governo acelerasse a produção da vacina
contra o coronavírus.
O diretor do centro de
Gamalei, Alexandr Gintsburg, explicou que a Universidade Estatal de Moscou
prepara uma vacina de vetor com base no DNA de um adenovírus do tipo
SARS-CoV-2.
Segundo o cientista, a vacina
já foi testada, de forma não oficial, com a ajuda de voluntários do próprio
centro e todos os pacientes estão bem e desenvolvendo imunidade ao vírus.
Quanto à pandemia na Rússia,
Golíkova observou que o aumento no número de infecções foi reduzido em 16 vezes
em relação a seu pico em meados de maio e 79% das pessoas infectadas já tiveram
alta, mas a situação permanece "muito alarmante".
Ela observou que mais da
metade das regiões, 49 no total, já começaram a desaceleração de casos, mas
alertou que, ao contrário do começo, quando Moscou e a região metropolitana
representavam mais da metade dos casos, agora elas somam pouco mais de 22% do
aumento diário de infecções.
"Estou confiante de que
todas as regiões emergirão (da quarentena) com o máximo cuidado, já que nosso
país aguarda importantes desenvolvimentos políticos", afirmou.
A oposição e a imprensa
independente acusam o Kremlin de se apressar em suspender as restrições, uma
decisão que se liga diretamente ao plebiscito constitucional de 1º de julho,
que vai decidir se Putin pode se candidatar à reeleição em 2024.
O prefeito de Moscou, Sergey
Sobianin, apostou desde o início em uma estratégia conservadora, mas de repente
ele suspendeu as restrições nesta semana e permitiu a abertura de pequenas e
grandes empresas fora do setor de alimentos.
A Rússia é o terceiro país do mundo nos casos de covid-19 com 520.129, segundo dados publicados hoje pelas autoridades locais. Os óbitos chegam a 6.829 após a morte de 114 pessoas nas últimas 24 horas.
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