Sancionada pelo Governo Federal
nesta semana, a Medida Provisória 945/20 pretende modificar a Lei dos Portos, com o
intuito de promover uma minirreforma na legislação. As normas levam em conta
sugestões do mercado e abordam, entre outros pontos, regras relacionadas ao
funcionamento desses ambientes durante a pandemia.
O relator da
proposta, senador Wellington Fagundes (PL-MT), afirmou que as
alterações serão válidas por seis meses podendo ser prorrogada a depender da
situação que o país se encontrar, serão essenciais para a retomada econômica.
0“94% do nosso PIB
passa pelos portos, por meio das nossas importações e exportações. E, se
deixarmos prescrever uma matéria tão importante, quem vai perder é o
trabalhador brasileiro. Vai garantir o desenvolvimento do país, a modernidade
dos nossos portos e a geração de emprego, principalmente no momento da retomada
da economia no pós-pandemia”, destacou o parlamentar.
Um dos pontos da
medida está relacionado à flexibilização na gestão de contratos de
arrendamento. Ou seja, a partir de agora, será permitida dispensa de licitação
nos arrendamentos portuários quando houver identificação de apenas um
interessado na exploração da área. Com isso, a contratação poderá ser feita por
meio de chamamento público, o que foi criticado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).
“Altera de forma
permanente para permitir a flexibilização da permissão do uso temporário de até
48 meses de áreas de portos sem licitação. Combinado com o artigo anterior, que
permite arrendamento de instalação portuária com dispensa de licitação, os
dispositivos são um incentivo que permitem a utilização e exploração de áreas
públicas quase sem custos para o particular”, pontou o congressista.
Competência da
Antaq
A lei sancionada
também estabelece que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
terá competência para regulamentar outras formas de exploração de áreas e
instalações portuárias. Atualmente, a agência dispõe apenas do contrato de
arrendamento para a ocupação de instalações portuárias.
O advogado
especializado em Direito Portuário, Luiz Fernando Barbosa, avalia que a medida
é positiva, sobretudo no que diz respeito ao apoio que essas atividades
passarão a ter a partir dessa iniciativa.
“Hoje, há um mito
de que todo e qualquer uso da área portuária tem que ser mediante arrendamento.
Mas, tem as atividades econômicas dos operadores portuários que são exercidas
dentro do porto. Trata-se de uma atividade criada por lei e que necessitam
dessa infraestrutura para exercer esses trabalhos”, salientou.
Outra mudança diz respeito aos contratos de concessão fechados entre a concessionária e terceiros. Agora, os que tenham por objeto a exploração de instalações portuárias serão regidos pelas normas de direito privado. Com isso, não haverá qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder concedente.
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