O Governo de Santa Catarina investirá R$ 1,2 milhão no
Programa Estadual de Controle e Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos. O
estado, que é referência nacional em sanidade vegetal, pretende reduzir ainda
mais as inconformidades no uso dos defensivos, intensificando as fiscalizações
e promovendo ações para a melhoria da qualidade dos alimentos e da saúde
pública. O Programa Estadual de Controle e Monitoramento de Resíduos de
Agrotóxicos foi autorizado durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural
(Cederural) nesta terça-feira, 28.
“Produzir alimentos saudáveis é a grande missão da agricultura catarinense
e existe um grande esforço da Secretaria da Agricultura, através da Cidasc,
para reduzir o uso inadequado de agrotóxicos. Vamos reforçar o trabalho de
conscientização dos produtores rurais e combater o mau uso dos defensivos
químicos. Garantir a sanidade vegetal é cuidar também dos alimentos que chegam
à mesa da população”, ressalta o secretário Ricardo de Gouvêa.
O Programa contará com recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e
será executado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa
Catarina (Cidasc). O objetivo é controlar a qualidade dos alimentos em relação
aos resíduos de agrotóxicos, identificar fontes de contaminação de
polinizadores, e fiscalizar insumos ofertados aos agricultores catarinenses a
fim de coibir o comércio e uso de agrotóxicos falsificados e sem registro junto
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A medida irá estimular também os sistemas de rastreabilidade de produtos
de origem vegetal. A Secretaria da Agricultura pretende criar um indicador
estadual de qualidade dos alimentos ofertados à população catarinense quanto ao
uso de agrotóxicos.
O secretário lembra que o Programa faz parte das ações do Agroconsciente,
diretriz do Governo do Estado para o desenvolvimento de ações que oportunizem
mais renda aos produtores rurais e pescadores, ganhos ao meio ambiente e maior
segurança alimentar à população.
Como funcionará o Programa
Com investimento de R$ 1,2 milhão, Santa Catarina irá aprimorar o controle
do comércio, armazenamento e uso de agrotóxicos, através da coleta e análise de
amostras de produtos de origem vegetal produzidos de forma convencional e
orgânica, abelhas e insumos agrícolas.
“Esse programa é de fundamental importância para toda sociedade
catarinense, já que envolve a análise de resíduos de agrotóxicos através do
monitoramento e da fiscalização e está estritamente relacionada à saúde
pública, seja do consumidor final ou do produtor. Além disso, tem também uma
grande importância ambiental”, destaca o secretário adjunto da Agricultura
Ricardo Miotto.
Caso sejam encontradas irregularidades nas coletas, será instaurado um
processo administrativo e os responsáveis poderão ser penalizados. “Há um
grande esforço de educação também. A Cidasc e a Epagri trabalham na educação
sanitária e orientação técnica. É um programa bastante amplo, que passa a ser
coordenado pela Secretaria da Agricultura e colaboração de todos os envolvidos”,
afirma Miotto.
Santa Catarina já possui um dos menores índices de inconformidades no uso
de agrotóxicos do país e a intenção é reduzir ainda mais esse número. Segundo
informações da Cidasc, em 2019 cerca de 18% das amostras coletadas possuíam
alguma irregularidade, uma redução de 50% em relação aos índices de 2011, por
exemplo. A melhoria nos índices foi um dos resultados do Programa Alimento Sem
Risco, executado pela Cidasc e Epagri em parceria com o Ministério Público de
Santa Catarina.
Fiscalização dos pontos de venda de agrotóxicos
Para diminuir a venda irregular de agrotóxicos, a Secretaria da
Agricultura, através da Cidasc, fiscaliza os estabelecimentos ligados ao
comércio armazenamento, produção, importação, exportação, transporte e empresas
prestadoras de serviços na aplicação desses produtos em Santa Catarina. Passa
pela Cidasc também o registro obrigatório dos estabelecimentos e o cadastro
estadual de agrotóxicos.
Desde a publicação do Decreto 1.331 de 2017, a Cidasc passou a fiscalizar
o uso dos agrotóxicos. Com a possibilidade de coleta de amostras fiscais
através deste programa, as ações para coibir o uso irregular de agrotóxicos
terão ganhos em eficiência.
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