O estado de Santa Catarina terá de qualificar 785.288
trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico,
qualificação e aperfeiçoamento entre 2019 e 2023. Os dados são do Mapa do
Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI) e divulgado nesta segunda-feira (30).
De acordo com o diretor de educação do SESI/SENAI de Santa Catarina,
Claudemir Bonatto, essa capacitação exigida é relevante não apenas para
melhorar a produtividade e competitividade das empresas, mas também para ajudar
esses profissionais a ingressarem ou se realocarem no mercado de trabalho.
“Com o avanço tecnológico, é preciso estimular e incentivar não somente a
ampliação da oferta de vagas de formação profissional, mas estimular que os
jovens tenham uma formação profissional. Isso é extremamente importante para
mantermos o alto nível de competitividade e produtividade de que a indústria
catarinense tanto precisa”, aponta.
A Indústria 4.0, que tem como base as áreas de tecnologia, tem exigido dos
profissionais, segundo Bonatto, uma nova postura. “Dentro do conceito da quarta
revolução industrial, ter uma habilitação profissional, um curso técnico, uma
qualificação é determinante para ocupar seu espaço no mercado de trabalho”,
completa.
Demanda
Na lista das áreas com maior demanda de técnicos até 2023, a metalmecânica
vai precisar de 1.193 profissionais. Essa área é vista como estratégica para a
indústria, já que quase todas as outras do setor produtivo dependem dela. As
indústrias desse segmento transformam metais nos mais diversos tipos de
produtos, como máquinas e tubulações.
Para o diretor-executivo de Tecnologia da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Alfredo Delgado, a educação
profissional pode ser a diferença nesse novo mercado da Indústria 4.0.
“A educação profissional é a solução. Quando a gente fala de vagas nas
empresas que não estão sendo preenchidas, normalmente é que a pessoa não atende
os skills, ou seja, não tem o perfil que está sendo procurado”, ressalta.
Telecomunicações também está na lista de áreas com defasagem de técnicos
para serem capacitados até 2023. No total, o setor precisará de 9.689 profissionais.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações
(ABTelecom), Luiz Rocha, é preciso estar atento às mudanças do mercado. Com o
fenômeno da Indústria 4.0, os profissionais precisam estar capacitados para
essa nova realidade.
"O mundo e o país estão entrando em uma situação de tecnologia, da
quinta geração de telefones celulares e o uso intensivo de internet das coisas
(IoT), apresentando uma oferta de comunicação que nunca aconteceu. Isso vai se
desenvolver de uma maneira bastante rápida. Com essa disponibilidade de
tecnologia, há também novas demandas tecnológicas para outros produtos,
sistemas, aplicações e serviços", afirma.
Na opinião do deputado federal Rodrigo Coelho (PSB-SC), a educação
profissional é estratégica para que o país volte a crescer. “Reconhecemos a
importância que tem e o quanto o ensino do SENAI em todo o Brasil é
qualificado. Acredito que esse, inclusive, é o caminho para ajudar na retomada
do crescimento econômico e na geração de empregos”, opina.
Formação
Além de metalmecânica e telecomunicações, as áreas que mais vão demandar a capacitação de profissionais com formação técnica em Santa Catarina são transversais; informática; e eletroeletrônica. São chamados de profissionais transversais aqueles que trabalham em qualquer segmento, como técnicos em eletrotécnica e técnicos de controle da produção.
Já as ocupações industriais com maior demanda por formação dentro e fora
da indústria são técnicos de controle da produção (14.806) e técnicos de desenvolvimento
de sistemas e aplicações (8.204).
Se você tiver interesse em saber mais sobre alguma dessas áreas, acesse
sc.senai.br ou compareça a uma das unidades do SENAI no estado.
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