SC anuncia R$ 600 milhões para contratar leitos de UTI e 500 policiais para conter aglomerações

24/02/2021 - 09h06

O Executivo catarinense anunciou R$ 600 milhões para contratar UTIs-Covid em hospitais privados e 500 policiais militares para conter aglomerações, segundo informou o líder do governo na sessão de terça-feira (23) da Assembleia Legislativa.

Neste momento estamos discutindo com os prefeitos das 30 maiores cidades, discutindo medidas como recursos para compra de vacinas, mas isso ainda não é possível; R$ 600 mi para ativação de leitos de UTIs em hospitais particulares do estado; além da fiscalização, cerca de 500 policiais estão sendo disponibilizados. Vamos endurecer o jogo”, afirmou José Milton Scheffer (PP).

Segundo o líder do governo, atualmente a taxa de ocupação de leitos de UTI com pacientes vítimas da Covid-19 é de 90%. “O Alto Vale do Itajaí tem 81% de ocupação; Rio do Peixe, 93%; Região Carbonífera, 98%; Extremo Oeste, 100%; Extremo Sul, 100%; na Foz do Itajaí não é diferente; Grande Florianópolis, 98%; Laguna, da mesma forma; Médio Vale do Itajaí, 90%”, relatou Scheffer, acrescentando que a Secretaria de Saúde (SES) prevê a abertura de mais 110 leitos de UTI em todo estado.

As deputadas Paulinha (PDT) e Ada Luca (MDB) concordaram com as medidas. “Um contingente policial para trabalhar no cumprimento das medidas adotadas, porque se criou a expectativa de que as pessoas que já tiveram a doença não serão mais contaminadas, não é verdade, é preciso pulso firme na fiscalização para que não tenhamos de chegar ao ponto de um novo lockdown”, avaliou Paulinha.

Precisa de conscientização e doutrinação, são praias e baladas cheias e não é só com jovens. A sociedade, pelo amor de Deus, que se conscientize, apelo ao governo que faça uma campanha tipo lavagem cerebral, porque a sociedade está achando que o vírus tem coração. E tem de mexer no bolso, está sem máscara, aglomerando, R$ 150, passa o recibo, uma coisa séria”, afirmou Ada, aludindo à cobrança de multas para quem descumprir as medidas sanitárias.

Ricardo Alba (PSL) também elogiou o esforço do governo, mas se posicionou contrário a outro lockdown. “Vi a pronta resposta do governo do estado, com instalação de leitos, habilitação, recursos, a Assembleia Legislativa destinando recursos. É fato que medidas devem ser adotadas para conter a disseminação, mas o lockdown não resolve o problema, gera outro problema”, discursou Alba.

Já o deputado Marcius Machado (PL) cobrou novamente a abertura da nova ala do Hospital Tereza Ramos, de Lages. “Com o aumento das contaminações da Covid, volto a insistir e a cobrar mais uma vez do governo a abertura da nova ala do Hospital Tereza Ramos. A Secretaria de Saúde abriu processo seletivo para os hospitais, mas apenas médicos estão previstos para o Tereza Ramos. Poxa vida, abra os processos para os outros profissionais da área administrativa e da enfermagem”, sugeriu Machado.

Distribuição de policiais militares

Sargento Lima (PSL), Kennedy Nunes (PSD) e Marcius Machado questionaram os critérios adotados pelo Comando da Polícia Militar para distribuir cerca de 500 policiais nas diversas regiões do estado. “Recebi uma lista de distribuição do efetivo da PM para 142 municípios, então 153 não foram contemplados. Revisei a lista, fiz minhas contas e estou tentando entender os critérios, se é que a lista é verdadeira”, afirmou Sargento Lima.

De acordo com Lima, a região de Chapecó receberá 48 policiais, enquanto Joinville apenas 35. “Quero afirmar quase com absoluta certeza que a distribuição foi política”, garantiu Lima.

“Tem de dizer qual é o critério, Mafra, um dos maiores municípios em extensão, o último policial que chegou foi em 2013 e agora não está levando nenhum. Mais um erro do Comando da PMSC”, lamentou Kennedy.

“Lages, o município com maior extensão, receberá um só policial, parece que tem uma questão política muito forte”, concordou Machado.

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  • Jornal Regional



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