O Executivo catarinense anunciou R$ 600 milhões para contratar
UTIs-Covid em hospitais privados e 500 policiais militares para conter
aglomerações, segundo informou o líder do governo na sessão de terça-feira (23)
da Assembleia Legislativa.
“Neste momento estamos discutindo com os prefeitos das 30 maiores
cidades, discutindo medidas como recursos para compra de vacinas, mas isso
ainda não é possível; R$ 600 mi para ativação de leitos de UTIs em hospitais
particulares do estado; além da fiscalização, cerca de 500 policiais estão
sendo disponibilizados. Vamos endurecer o jogo”, afirmou
José Milton Scheffer (PP).
Segundo o líder do governo,
atualmente a taxa de ocupação de leitos de UTI com pacientes vítimas da
Covid-19 é de 90%. “O Alto Vale do Itajaí tem 81% de ocupação; Rio do Peixe, 93%;
Região Carbonífera, 98%; Extremo Oeste, 100%; Extremo Sul, 100%; na Foz do
Itajaí não é diferente; Grande Florianópolis, 98%; Laguna, da mesma forma;
Médio Vale do Itajaí, 90%”, relatou Scheffer, acrescentando que
a Secretaria de Saúde (SES) prevê a abertura de mais 110 leitos de UTI em todo
estado.
As deputadas Paulinha (PDT) e
Ada Luca (MDB) concordaram com as medidas. “Um contingente policial para trabalhar no cumprimento das
medidas adotadas, porque se criou a expectativa de que as pessoas que já
tiveram a doença não serão mais contaminadas, não é verdade, é preciso pulso
firme na fiscalização para que não tenhamos de chegar ao ponto de um novo
lockdown”, avaliou Paulinha.
“Precisa de conscientização e doutrinação, são praias e baladas
cheias e não é só com jovens. A sociedade, pelo amor de Deus, que se
conscientize, apelo ao governo que faça uma campanha tipo lavagem cerebral,
porque a sociedade está achando que o vírus tem coração. E tem de mexer no
bolso, está sem máscara, aglomerando, R$ 150, passa o recibo, uma coisa séria”,
afirmou Ada, aludindo à cobrança de multas para quem descumprir as medidas
sanitárias.
Ricardo Alba (PSL) também
elogiou o esforço do governo, mas se posicionou contrário a outro lockdown. “Vi a pronta resposta do governo
do estado, com instalação de leitos, habilitação, recursos, a Assembleia
Legislativa destinando recursos. É fato que medidas devem ser adotadas para
conter a disseminação, mas o lockdown não resolve o problema, gera outro
problema”, discursou Alba.
Já o deputado Marcius Machado
(PL) cobrou novamente a abertura da nova ala do Hospital Tereza Ramos, de
Lages. “Com o aumento
das contaminações da Covid, volto a insistir e a cobrar mais uma vez do governo
a abertura da nova ala do Hospital Tereza Ramos. A Secretaria de Saúde abriu
processo seletivo para os hospitais, mas apenas médicos estão previstos para o
Tereza Ramos. Poxa vida, abra os processos para os outros profissionais da área
administrativa e da enfermagem”, sugeriu Machado.
Distribuição de policiais militares
Sargento Lima (PSL), Kennedy
Nunes (PSD) e Marcius Machado questionaram os critérios adotados pelo Comando
da Polícia Militar para distribuir cerca de 500 policiais nas diversas regiões
do estado. “Recebi uma lista de distribuição
do efetivo da PM para 142 municípios, então 153 não foram contemplados. Revisei
a lista, fiz minhas contas e estou tentando entender os critérios, se é que a
lista é verdadeira”, afirmou Sargento Lima.
De acordo com Lima, a região
de Chapecó receberá 48 policiais, enquanto Joinville apenas 35. “Quero afirmar quase com absoluta
certeza que a distribuição foi política”, garantiu
Lima.
“Tem de dizer qual é o critério, Mafra, um dos maiores
municípios em extensão, o último policial que chegou foi em 2013 e agora não
está levando nenhum. Mais um erro do Comando da PMSC”, lamentou
Kennedy.
“Lages, o município com maior extensão, receberá um só policial,
parece que tem uma questão política muito forte”, concordou
Machado.
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