O Senado Federal
concluiu na noite desta terça-feira (28) a votação da Medida Provisória da
reforma administrativa. Os parlamentares mantiveram o texto aprovado pela
Câmara dos Deputados, que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios, mas
que tirou o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) das mãos do
ministro da Justiça, Sergio Moro.
A aprovação foi uma
vitória para o governo federal, uma vez que, no caso de qualquer alteração pelo
Senado, o texto voltaria para análise dos deputados. Assim, a MP que tinha
prazo de validade curto, poderia caducar antes de ser novamente analisada pela
Câmara.
A preocupação fez
com que Bolsonaro enviasse uma carta aos senadores pedindo a aprovação da
proposta na forma com que ela saiu da Câmara. O documento foi assinado por
Bolsonaro e pelos ministros Sérgio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e
Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
O pedido fez com
que os aliados do governo desistissem de tentar manter o Coaf com Sergio Moro,
como foi o caso do líder do PSL na Casa, senador Major Olímpio (SP).
A articulação do
governo deu resultado. O texto base da MP foi aprovado por 70 votos a 4 e, na
sequência, os senadores rejeitaram um destaque que previa o retorno do Coaf
para o Ministério da Justiça.
O texto agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
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