As mudanças provocadas pelo “novo normal” em que a sociedade
mundial vive em função da pandemia da Covid-19 foram radicais e afetam, de uma
forma ou de outra, a formação do cidadão. Seja na rotina de casa, onde pais se
tornaram “instrutores”, ou do próprio professor, que trocou a lousa pelo
tablete, a sala de aula pela sua casa. São situações que exigem a reinvenção do
ensino, a reestruturação da vida familiar, o readequar de costumes.
Segundo a coordenadora Pedagógica e de Qualidade Educacional
do SESI SENAI de São Miguel do Oeste, Tatiane Paula Casagrande Bataglin, o SESI
SENAI há tempos tem investido na melhoria e criação de ferramentas tecnológicas
educacionais que tem contribuído significativamente neste período. Alunos e
educadores tem à sua disposição o Mangahigh (matemática gameficada), o portal
de Educação do SESI SENAI, com banco de aulas, questões e exercícios ,
materiais para pesquisas, vídeo aulas, exercícios e simulados para preparação
para Enem e vestibulares. Além disso, os alunos do ensino médio possuem um
livro digital, onde o professor monta a trilha de aprendizagem para
desenvolvimento de competências e indicações de aulas complementares. “Quando
surgiu a pandemia, os professores foram imediatamente capacitados para o
formato de aulas remotas. Na verdade, apenas mudou a forma de repassar essas
informações aos alunos. Todo o hall de ferramentas de que a instituição já
contava e, com a dedicação e empenho de nossos professores, os alunos tem aulas
on line todos os dias, seguido os horários normais. Além disso, no
contra-turno, os professores ficam a disposição para tirar dúvidas e auxiliar o
educando que apresente alguma dificuldade. ”, disse Tatiane.
Ainda como reforço, o SESI SENAI já realizou aulão
preparatório (on line) para o Enem, que passa a ser executada mensalmente, e
ainda, como integração, a realização de uma gincana do bem, onde cada turma
representa uma equipe e a tarefa é repassada pelo professor responsável uma vez
por semana. Essas atividades visam envolver a família e os próprios alunos. Uma
das tarefas, há poucos dias, foi a construção de brinquedos com materiais
recicláveis que posteriormente foram doados.
Para o professor Ari Friderich, de 65 anos, 45 deles
dedicados à sala de aula, afirma ser essa nova forma de docência, uma
experiência impar em sua carreira. O professor disse que precisou estudar e
adequar suas habilidades à tecnologia e a didática. “O professor tem uma
capacidade enorme de se readaptar às mudanças, novas possibilidades e formas de
ensinar. Diante desse desafio, precisei estudar e me adequar, assim como como
nossos alunos. Porém é notória a empatia e dedicação de nossos alunos, que tem
mostrado resultados excelentes em seus aprendizado”, relatou Friederich.
Ele ainda ressalta a importância da participação dos pais
nesse processo e que esse desafio, mas que terá uma grande contribuição nas
metodologias futuras. “A forma que nosso professores (do SESI SENAI) trabalham
e as ferramentas disponibilizadas são fundamentais no engajamento para uma boa
formação desses jovens”, lembra ele.
Para a aluna da Segunda Série do Ensino Médio, Valentina
Signor Montovaneli, de 16 anos, a adaptação foi impactante, exigindo maturidade
e responsabilidade para o bom rendimento. “Não temos o contato direto com
professores e colegas como antes e isso exige mais responsabilidade. Sem uma
dedicação em casa, o ano pode ser complicado quanto ao aprendizado. Precisamos
buscar o conhecimento aquém do professor e as ferramentas disponibilizadas pelo
SESI SENAI têm sido fundamentais”, disse ela.
A aluna também elogiou a dedicação dos professores no incentivo e na busca de conteúdos e didáticas. “Eles gravam vídeo aulas, sanam nossas dúvidas e buscam maneiras de tornar as aulas ainda mais atrativas e produtivas, mas a saudade é grande!”, finaliza.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook