Temas da campanha da fraternidade 2021 causam polêmica e dividem os católicos

15/02/2021 - 11h22

Mais uma vez a Igreja Católica se une a outras religiões cristãs e juntas promovem a Campanha da Fraternidade, como forma de testemunhar o Evangelho de Cristo. Em 2021, o tema proposto é “Cristo é a nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a) e o lema “Fraternidade e diálogo: Compromisso de Amor”.

A Campanha da Fraternidade é ecumênica, e por isso, busca o diálogo com outras denominações cristãs. Esta será a quinta campanha com esse perfil e tem como objetivo geral convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade à reflexão e identificação a fim de promover um diálogo amoroso e testemunhar a unidade da diversidade.

O texto-base foi elaborado com o intuito de demonstrar que o diálogo é o nosso melhor testemunho. Dessa maneira, destaca que Jesus nos ensina a seguir pelo caminho da unidade na diversidade. Em um mundo marcado por casos de intolerância em diversos âmbitos, certamente essa é uma mensagem mais que necessária; e a Igreja também tem o papel de debate e reflexão na sociedade com todas essas relações.

CAMPANHA POLÊMICA

Neste dia 17 de fevereiro, começa oficialmente a Campanha da Fraternidade 2021. E antes mesmo dela iniciar, acentuam-se polêmicas em torno de seus temas. Ela é parte da programação da Igreja Católica para um período de 40 dias (que inicia na quarta-feira de cinzas e termina na Páscoa, daí a origem do nome quaresma) e existe desde 1964, tendo sido criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a famosa CNBB.

Em linhas gerais, a Campanha da Fraternidade tem como objetivo conduzir o povo católico a refletir sobre algum problema concreto brasileiro nos âmbitos da saúde, do meio ambiente, da família, dentre outros.

Além do mais, a cada cinco anos, sua propositura não é apenas católica: é ecumênica, ou seja, tem apoio e engajamento de várias outras igrejas que entendem a importância da comunhão e da partilha de experiências – também de gestos concretos. Assim, é endossada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, o CONIC.

Além de ser uma importante ferramenta formativa e de engajamento, uma Campanha da Fraternidade Ecumênica oportuniza o diálogo entre diferentes convicções e pode ser palco para a construção de uma verdadeira cultura de paz. Porém… ela nem ainda começou e já traz polêmicas!

REPERCUSSÃO NEGATIVA

A Campanha da Fraternidade deste ano, que começa nesta quarta-feira  em todo o Brasil, rachou de forma irremediável o mundo católico. A análise é do colunista catarinense, Moacir Pereira. Ele coloca que o Centro Dom Bosco publicou uma contundente nota crítica, rejeitando o conteúdo do documento que traz o tema de 2021, por seu conteúdo considerado esquerdista e de apoio aos direitos LGBT, a ideologia de gênero e condescendência com a pedofilia. O arcebispo militar do Brasil, dom Fernando Guimarães, rebelou-se ao anunciar que os capelães militares não usarão os documentos da campanha.

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • ND+/Prof. Ana Dias Pinto/Moacir Pereira



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