Mais uma vez a
Igreja Católica se une a outras religiões cristãs e juntas promovem a Campanha
da Fraternidade, como forma de testemunhar o Evangelho de Cristo. Em 2021, o
tema proposto é “Cristo é a nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef
2,14a) e o lema “Fraternidade e diálogo: Compromisso de Amor”.
A Campanha da Fraternidade é ecumênica, e por isso, busca o diálogo com outras denominações cristãs. Esta será a quinta campanha com esse perfil e tem como objetivo geral convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade à reflexão e identificação a fim de promover um diálogo amoroso e testemunhar a unidade da diversidade.
O texto-base foi elaborado com o intuito de demonstrar que o diálogo é o nosso melhor testemunho. Dessa maneira, destaca que Jesus nos ensina a seguir pelo caminho da unidade na diversidade. Em um mundo marcado por casos de intolerância em diversos âmbitos, certamente essa é uma mensagem mais que necessária; e a Igreja também tem o papel de debate e reflexão na sociedade com todas essas relações.
CAMPANHA POLÊMICA
Neste dia 17 de
fevereiro, começa oficialmente a Campanha da Fraternidade 2021. E antes mesmo
dela iniciar, acentuam-se polêmicas em torno de seus temas. Ela é parte da programação
da Igreja Católica para um período de 40 dias (que inicia na quarta-feira de
cinzas e termina na Páscoa, daí a origem do nome quaresma) e existe desde 1964,
tendo sido criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a famosa
CNBB.
Em linhas gerais, a Campanha da Fraternidade tem como objetivo conduzir o povo católico a refletir sobre algum problema concreto brasileiro nos âmbitos da saúde, do meio ambiente, da família, dentre outros.
Além do mais, a cada cinco anos, sua propositura não é apenas católica: é ecumênica, ou seja, tem apoio e engajamento de várias outras igrejas que entendem a importância da comunhão e da partilha de experiências – também de gestos concretos. Assim, é endossada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, o CONIC.
Além de ser uma importante ferramenta formativa e de engajamento, uma Campanha da Fraternidade Ecumênica oportuniza o diálogo entre diferentes convicções e pode ser palco para a construção de uma verdadeira cultura de paz. Porém… ela nem ainda começou e já traz polêmicas!
REPERCUSSÃO NEGATIVA
A Campanha da
Fraternidade deste ano, que começa nesta quarta-feira em todo o Brasil,
rachou de forma irremediável o mundo católico. A análise é do colunista
catarinense, Moacir Pereira. Ele coloca que o Centro Dom Bosco publicou uma
contundente nota crítica, rejeitando o conteúdo do documento que traz o tema de
2021, por seu conteúdo considerado esquerdista e de apoio aos direitos LGBT, a
ideologia de gênero e condescendência com a pedofilia. O arcebispo militar do
Brasil, dom Fernando Guimarães, rebelou-se ao anunciar que os capelães
militares não usarão os documentos da campanha.
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