Durante as duas horas de sessão, os membros do poder
judiciário detalham pontos das legislações vigentes usadas como referência no
julgamento sempre que havia questionamentos por parte dos deputados.
Já os integrantes do legislativo integrantes da
reunião foram Kennedy Nunes (PSD), Laércio Schuster (PSB), Maurício Eskudlark
(PL) e Sargento Lima (PSL). Luiz Fernando Vampiro (MDB) participou de forma
online de sua casa em Criciúma. O nome dele não foi incluído para sorteio, pois
ele já foi relator em uma fase anterior do processo de afastamento.
Próximos passos
A partir da próxima segunda-feira
(28), o relator tem 10 dias para entregar o parecer aos demais membros do
tribunal misto, sendo entregue em 7 de outubro para o presidente do Tribunal de
Justiça. A votação deste parecer deve ser votado na segunda quinzena de
outubro.
"A partir de agora vamos estar mergulhados nos
fatos, minha responsabilidade é apresentar relatório para acatar ou não,
continuar a investigação ou não. O que ficou claro aqui é que queremos dar
direito à ampla defesa para julgar os fatos e não ser julgamento
politico", disse o deputado Kennedy Nunes (PSD), que votou favorável pelo
prosseguimento do processo em 17 de setembro.
Caso o parecer seja rejeitado ou recomendar que a denúncia não seja aceita, os
processos de impeachment são encerrados e arquivados. Se o documento recomendar
que a denúncia seja recebida, há uma votação. Se o parecer for aprovado por
maioria, com mínimo de seis votos, o governador e a vice serão afastados por
180 dias, conforme a Alesc.
"Na
hipótese de aceitação, serão formalizadas as acusações e os acusados afastados
pelo período de 180 dias. Aí se inicia a segunda fase, com amplo direito de
defesa e direito à palavra", explicou o presidente do TJSC.
No caso da denúncia ser aceita pela
comissão, Moisés e Reinehr serão julgados. Nesta etapa, é feita coleta de
provas, tomadas de depoimentos, entre outros procedimentos.
O governador e a vice só perdem os cargos se dois
terços dos integrantes da comissão julgadora considerar que eles são culpados.
Se isso não ocorrer, eles se mantêm nos cargos e o processo de afastamento será
arquivado.
Um dos itens prevê que em caso de afastamento,
governador e vice recebem 1/3 dos salários. Neste caso, o presidente da Alesc,
Julio Garcia, seria o primeiro na linha sucessória para assumir. Há pouco mais
de uma semana, ele foi denunciado pelo Ministério Público
Federal (MPF) por lavagem de dinheiro na Operação Alcatraz.
A denúncia é analisada pela Justiça Federal.
Se Garcia não puder assumir, quem assume o governo
interinamente é o presidente do TJSC, o desembargador Ricardo Roesler.
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