A paciência da classe empresarial de São Miguel do Oeste está no limite. As restrições impostas pelo governo do Estado no combate ao coronavírus, está deixando os donos de empresas comerciais e industriais de cabelo em pé. A situação que já era difícil, com as lojas de portas fechadas a semanas, ficou quase que insustentável.  

A partir das medidas adotadas por conta da pandemia do Covid-19, os prejuízos se acumulam, com muitos temendo uma provável quebradeira por falta de faturamento. Num movimento liderada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), por volta de 14hs da tarde desta quarta-feira (08)os donos das empresas, apoiados por alguns colaboradores, foram às ruas para manifestar toda sua insatisfação pelo fato do governador Carlos Moisés ter liberado a volta ao trabalho de empresas não essenciais para a saúde pública, enquanto que as lojas continuam proibidas de retomar suas atividades.

Usando máscaras faciais hospitalares e portando cartazes, os empresários pediram a imediata reabertura do comércio em geral da principal cidade do Extremo Oeste catarinense. A manifestação foi pacífica e silenciosa, e teve como estratégia de ação evitar a aglomeração de pessoas. A categoria colocou que está pronta para voltar ao trabalho, atendendo todas as exigências e recomendações das autoridades de saúde.

Em alguns cartazes os manifestantes cobraram do governador: "Quem irá pagar os nossos coladoradores, aluguéis e outras despesas". Em outra mensagem, eles pediram "queremos trabalhar". Até um caixão foi utilizado na manifestação, com um cartaz indagava ao governador se ele queria ser responsabilizado pela morte de mais uma empresa. 

As manifestações pedindo a reabertura do comércio em Santa Catarina se multiplicaram em todo o estado. Entretanto, em sua entrevista coletiva diária, ao final da tarde, Carlos Moisés nada declarou que deixasse os lojistas mais otimistas. Em princípio o comércio permanecerá fechado até a próxima segunda-feira (13).

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