Um avião da
companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da
vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 chegou a São Paulo às 6h27
desta terça-feira (23).
A aeronave
havia deixado a cidade indiana de Mumbai por volta das 10h30 da manhã
(horário local) de segunda-feira (22), o que equivale a 2h da madrugada no
horário de Brasília. A carga fez escala em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde
decolou para São Paulo às 22h40 (horário local) – 15h40 de segunda-feira
(horário de Brasília).
Agora, as vacinas
seguirão para o Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de
Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
As doses foram
produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior
produtor mundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar
primeiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotuladas antes de serem
distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A importação de doses
prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a
AstraZeneca e a Fiocruz.
Para acelerar a
disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da
Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a
serem importadas. Além dos 2 milhões que chegaram nesta terça-feira ao país,
mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses.
Enquanto negocia a
chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas
Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz
vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um
ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.
A primeira remessa
desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido
na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março.
De acordo com a
fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos
dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros
de produção.
“Com esses
resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja
documentação será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 milhão de doses e seus resultados
serão enviados à Anvisa até meados de março”.
Também está em
andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção
do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das
vacinas.
A previsão é que as
primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em
agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar mais 110 milhões de doses,
elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
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