O Congresso Nacional promulgou nesta segunda-feira (15) a
chamada PEC
Emergencial, que viabiliza a volta do auxílio emergencial. Além de
pavimentar a volta do benefício, a proposta apresenta dispositivos que podem
evitar o descontrole das contas públicas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)
afirmou que o “foco da nação” é combater a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o parlamentar, com o retorno do auxílio emergencial, o Brasil terá mais
chances de alcançar esse objetivo.
“A emenda constitucional número 109 de 2021 permitirá que o Estado
pague um novo auxílio emergencial sem aventuras fiscais, sem comprometer as
finanças públicas e a moeda nacional”, destacou o parlamentar durante seu
discurso.
De um lado, a matéria reserva R$ 44 bilhões em gastos extras
para financiar o auxílio. Ao mesmo tempo, o texto estabelece mecanismos para
tentar compensar esse gasto adicional ao longo dos próximos anos, com contenção
de despesas. A PEC Emergencial não detalha valores, duração ou condições para o
novo auxílio emergencial, que terão de ser definidos em outro texto.
“De Olho na Cidadania”
A Secretaria de Avaliação e Gestão da
Informação (SAGI), do Ministério
da Cidadania, juntamente com a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania
(SENARC) e a Secretaria Nacional do Cadastro Único (SECAD), lançaram o
terceiro volume da série De Olho na Cidadania.
A obra é denominada Perfil
dos beneficiários do Auxílio Emergencial pela Covid-19: quem são e onde estão?
Trata-se de um compilado de informações sobre os brasileiros que receberam o
auxílio emergencial do governo federal em 2020.
O objetivo da publicação é destacar e conhecer um pouco mais
o perfil dos beneficiários diretos, sobretudo os que não estavam no Cadastro
Único antes da pandemia da Covid-19. Esse público responde por 56% de todos os
beneficiários do auxílio.
Quase 68 milhões de pessoas que receberam o auxílio
emergencial representam 1/3 da população do País, estimada em cerca de 211
milhões de habitantes para 2020, segundo o IBGE. Ao todo, o benefício destinou
aproximadamente R$ 294 bilhões para ajudar a população mais necessitada durante
a atual crise.
O cientista de Dados, Wagner Vargas, destaca que a
distribuição do auxílio emergencial serviu como mapeamento para detectar novas
pessoas que precisam de ajuda do governo. O especialista também ressalta a
necessidade de o benefício continuar sendo pago, uma vez que a taxa de
desemprego no País continua alta.
“Não temos a expectativa de que a retomada do emprego seja
rápida. Então, com certeza, as pessoas vão continuar tendo a necessidade de
auxílio do governo, inclusive porque a crise econômica está diretamente
vinculada a essa crise sanitária”, avalia.
Perfil
De acordo com o levantamento, o grupo com maior participação
no auxílio tem idade entre 18 e 34 anos e corresponde a 44% do total de
beneficiários.
Os dados também destacam o perfil relacionado ao sexo. As
mulheres, por exemplo, representam 55% do público do auxílio emergencial
incluído no Cadastro Único, dentro ou fora do Bolsa Família. A situação não é a
mesma do grupo que solicitou o auxílio via aplicativo, que teve 57%
de pessoas do sexo masculino.
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