A Câmara de
Vereadores aprovou, por unanimidade dos presentes, a Proposta de Lei Orgânica
nº 001/2020, que dá nova redação à Lei Orgânica do Município de São Miguel do
Oeste, para adequações à legislação vigente. A proposta, com aproximadamente
200 artigos, equivale à Constituição do Município, e trata dos fundamentos da
organização municipal; da organização municipal; da organização dos poderes; da
tributação municipal, receita-despesa e do orçamento; da ordem econômica e
social; da colaboração popular; e de disposições gerais e transitórias. O
projeto foi aprovado em primeiro turno na sessão desta segunda-feira (7), e
será apreciada novamente em 10 dias, em segundo turno.
O projeto começou a
ser debatido em abril de 2018, após criação da Comissão Especial de Análise e
Reforma da Lei Orgânica Municipal e Regimento Interno do Poder Legislativo.
Desde então, vereadores representando os partidos políticos com assento na
Câmara e servidores do Legislativo passaram a construir o novo texto da Lei
Orgânica, agora em apreciação. Os membros da Comissão foram nomeados ainda no
mandato do presidente Cláudio Barp, e os trabalhos tiveram continuidade no
mandato de Everaldo Di Berti.
Antes de ser votada
a nova Lei Orgânica, esteve em tramitação emenda proposta por Elias Araújo e
Cláudio Barp (PSD), que alterou uma série de artigos na proposta original. A
sessão foi realizada de forma presencial, mas teve a participação virtual da
vereadora Maria Tereza Capra (PT), internada em razão de confirmação positiva
de covid-19. Estiveram ausentes da sessão a vereadora Silvia Kuhn (MDB) e o
vereador Vagner Passos (PSL).
Maria Tereza pediu
vistas à votação da emenda e à votação da Proposta de Lei Orgânica. Ela
justificou que a emenda foi proposta por apenas dois membros, e não foi
discutida na Comissão, que é composta por mais vereadores. Também afirmou que
um projeto importante como esse está sendo votado em sessão sem transmissão do
rádio, em horário diverso do usual.
Elias Araújo, um
dos autores da emenda, afirmou que a emenda foi uma decisão da Comissão, que
avaliou as proposições enviadas pelo Poder Executivo. Elias ressaltou que a
Comissão se reuniu 27 vezes; e que somente com o técnico do Senado, Luis
Fernando Machado, foram 13 vezes. Elias ressaltou que a Comissão se reuniu por
cerca de dois anos, e que todas as decisões passaram pelo colegiado.
O presidente
Everaldo Di Berti colocou o pedido de vistas em votação, que foi rejeitado por
maioria, apenas com votos favoráveis de Maria Tereza Capra e Gilberto Berté.
Como foi rejeitado, a emenda seguiu em discussão.
Na discussão da
emenda, a vereadora Maria Tereza Capra criticou um artigo da emenda
especialmente, que dá ao prefeito poder de estabelecer horário de funcionamento
do comércio. A emenda foi aprovada por maioria, com voto contrário apenas de
Maria Tereza Capra.
DISCUSSÃO DA LEI
ORGÂNICA
Já na discussão da
Proposta de Lei Orgânica, vereadores relataram sobre o trabalho da Comissão.
Cláudio Barp, que quando presidente instituiu a Comissão Especial de Análise e
Reforma da Lei Orgânica Municipal e Regimento Interno do Poder Legislativo,
ressaltou que inicialmente a Comissão tinha 150 dias para realizar seus
trabalhos, de abril a novembro de 2018; que depois solicitou mais 90 dias para
concluí-los, e que os trabalhos se estenderam. Ressaltou que a Comissão teve
apoio de um técnico do Senado Federal, que promoveu uma capacitação aos
vereadores sobre o tema, e sugeriu melhorias à Lei Orgânica Municipal. Disse
que as reuniões da Comissão eram abertas, realizadas no plenário, que qualquer
pessoa podia participar.
Maria Tereza Capra,
ao falar da proposta de Lei Orgânica, ressaltou que foi voto vencido na emenda
e lamentou que o horário do comércio será decidido pela caneta do prefeito. Ela
ressaltou que apesar disso, trabalhou muito na proposta de Lei Orgânica,
integrando a Comissão, e que votava favorável à nova Lei Orgânica.
Elias Araújo,
presidente da Comissão Especial de Análise e Reforma da Lei Orgânica Municipal
e Regimento Interno do Poder Legislativo, ressaltou que a discussão sobre
horário do comércio “é chover no molhado”, em razão de que há norma federal
liberando esse tema. Ressaltou que as sugestões trazidas pelo técnico do Senado
deixaram a Lei Orgânica mais moderna, retirando termos ultrapassados.
Parabenizou todos os envolvidos, vereadores e técnicos. Por fim, afirmou que o
texto passou por várias mãos, ou seja, foi construído de forma coletiva.
A Proposta de Lei
Orgânica foi aprovada por unanimidade dos presentes.
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