Enquando os adversários chegavam de aviões a Ceilândia (DF) para o Campeonato Brasileiro de Ligas de Futsal Sub-13, a delegação de São Miguel do Oeste percorreu quatro 1.700 quilômetros de ônibus. Foram quase 28 horas de viagem. É muito tempo. 

O técnico Léo Barreto relata que aproveitou esse tempo para conversar bastante com a rapaziada. "E essas conversas fizeram muito a diferença", afirmou. Falou ainda que os problemas não se limitaram ao desgaste. "Tivemos atletas com dor de garganta e tosse. Uma outra delegação não nos deixava dormir. Mas a cada dificuldade, mais nós nos fortalecíamos", relatou. 

Além do esquema tático e a doação total dos atletas, Barreto comentou que combinou com os atletas para fazer de cada jogo uma guerra, de cada jogo uma final. "Quando eles viram que era possível, daí sim ninguém segurou mais. Sempre muito focados meus atletas abraçaram a idéia. Sabiam que não seria fácil, mas sabiam também que era possível", assinalou o técnico. 

Léo Barreto avalia que a semifinal e final foram muito sofridas. "Pegamos times muito bem encaixados e bem treinados. Mas nosso time também estava muito preparado. Na nossa preleção, teve atleta que chorou. O comprometimento foi total", enaltece.

Léo Barreto descreveu que cada equipe tinha um estilo de jogo. O prêmio de campeão só veio para coroar o trabalho feito. Os meninos são merecedores. Elogiou igualmente o comportamento dos pais que acompanharam a delegação. "Eles foram muito participativos", disse.

O técnico lembrou que o Bugre do Oeste era o time a ser batido. Por isso a torcida era toda contra. Mas falei para meus atletas que a organização faria a diferença. "E fez", garante o treinador. 

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