Hamza bin Laden, o filho apontado como sucessor de Osama bin Laden, foi morto em uma operação americana de combate ao terrorismo, confirmou neste sábado (14) a Casa Branca, sede do governo dos EUA. A imprensa americana já tinha anunciado a morte dele no fim de julho deste ano, citando fontes anônimas.
A Casa Branca disse que a operação ocorreu na região entre Afeganistão e Paquistão, mas não especificou a data em que ela ocorreu.
O comunicado do governo americano afirma ainda que "a perda de Hamza bin Laden não apenas priva a Al-Qaeda de importantes habilidades de liderança e da conexão simbólica com o pai dele, mas prejudica importantes atividades operacionais do grupo".
Em fevereiro deste ano, os Estados Unidos anunciaram uma recompensa de US$ 1 milhão por informações sobre o paradeiro de Hamza, ao catalogá-lo como um dirigente em ascensão no grupo extremista Al-Qaeda.
Há documentos - entre eles, as cartas reveladas pela agência France Presse em 2015 - que mostram que Osama Bin Laden pretendia que Hamza tivesse êxito à frente da Jihad global antiocidental. Por isso, ele costuma ser chamado de "príncipe-herdeiro da Jihad".
A localização de Hamza bin Laden foi alvo de especulações por anos. Autoridades receberam informações de que ele estaria no Paquistão, no Afeganistão ou, até mesmo, em prisão domiciliar no Irã.
No fim de 2017, a CIA revelou arquivos do líder jihadista apreendidos durante a operação americana em 2011, na qual o extremista foi morto no Paquistão. Entre eles, está um vídeo do casamento de Hamza, aparentemente no Irã.
A noiva seria a filha de Mohammed Atta, um dos suicidas que pilotava um dos aviões que se chocaram contra as Torre Gêmeas de Nova York em 11 de setembro de 2001.
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