Dive alerta para os efeitos nocivos do uso do tabaco

30/05/2019 - 16h46

O Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, é uma ação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta para os riscos do tabagismo e defende ações para reduzir o consumo de tabaco. Para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive),  essa é uma oportunidade anual para aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do cigarro e da exposição ao fumo passivo.

O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), conforme dados da OMS. Destes, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral – AVC). 

Além disso, o fumo é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras enfermidades, como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras (INCA, 2018).

No Brasil, das mortes anuais causadas pelo uso do tabaco, 34.999 mortes correspondem a doenças cardíacas; 31.120 mortes por doenças pulmonares crônicas; 26.651 por outros cânceres; 23.762 por câncer de pulmão; 17.972 mortes por tabagismo passivo; 10.900 por pneumonia e 10.812 por AVC.

Em Santa Catarina, de acordo com dados da Dive, em 2018, ocorreram 6.025 óbitos por doenças cardíacas; 1.201 óbitos por doenças pulmonares crônicas e 1.410 por neoplasias de pulmão.

Sobre a campanha

Para 2019, a OMS definiu o tema “Tabaco e saúde pulmonar” para ser trabalhado internacionalmente. A campanha deste ano pretende aumentar a conscientização sobre o impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde pulmonar, do câncer de pulmão às doenças respiratórias crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica, que inclui bronquite e enfisema.

Redução de riscos

Para a enfermeira da Gerência de Doenças e Agravos Crônicos (Gevra) da Dive, Adriana Elias, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida. “Mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame, é importante. Já foi comprovado que a qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar”, afirma.

Veja o que acontece ao parar de fumar:

- Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;

- Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;

- Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;

- Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;

- Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros, e o paladar já degusta melhor a comida;

- Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;

- Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;

- Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.


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  • Jornal Regional



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