Estados da Região Sul enfrentam ciclone extratropical esta semana, segundo Inmet

Imagem de evening_tao no Freepik

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18/02/2023 - 10h14

Após período de estiagem no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para o risco de tempestade na região devido à formação de um ciclone extratropical a partir desta sexta-feira (17). Segundo o Instituto, há previsão de ventos intensos de até 100 km/h. As precipitações podem ser de 50 a 100 milímetros por dia.

O Inmet também alerta para o risco de queda de granizo, corte na rede elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos. A meteorologista do Inmet Andrea Ramos explica que as chuvas devem chegar ao litoral e avançar para a região sudeste do país nos próximos dias.

“Tanto sexta-feira quanto no final de semana, os indicativos são de chuvas com volumes bastante significativos ao longo do dia e da noite em função da atuação desse ciclone. Essas chuvas vão cair com pancadas, trovoadas e também rajadas de vento”, informa.

O Instituto também comunica a possibilidade da queda acentuada das temperaturas a partir deste sábado (18) na Região Sul, que vinha enfrentando um período de estiagem. Há a possibilidade, inclusive, da formação de geadas nas serras gaúcha e catarinense neste fim de semana.

Estiagem

O Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina enfrentaram um período de estiagem severa neste início de ano. O Serviço Geológico do Brasil chegou a informar que a seca afetou o volume dos rios na região no início deste mês; 14 deles estavam com níveis abaixo da permanência de 95%.

O ambientalista e engenheiro agrônomo Charles Dayler explica que a chuva faz uma espécie de recarga do aquífero subterrâneo, que é como se fosse, a grosso modo, uma caixa d’água no período de seca. “Ou seja, no período de chuva o solo fica carregado de água, encharcado, e ao longo do tempo sem chuva, ele [aquífero subterrâneo] vai liberando de pouco em pouco essa água para o rio”, informa.

O engenheiro agrônomo complementa que se o período de chuvas for menor, essa reserva de água fica prejudicada e diminui a vazão do rio, que foi o que ocorreu na região sul do país. “Também impacta negativamente a agropecuária, pois os produtores tendem a diminuir a área plantada por conta da falta de água”.

Segundo as estimativas da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), as perdas nas culturas de soja e milho por conta da estiagem no Rio Grande do Sul podem chegar a R$ 30 bilhões. No milho, a quebra de safra é de 56%. Já na soja chega a 43%.

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  • Jornal Regional



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