Evento online da FIESC destacou a importância da integração para o desenvolvimento socioeconômico.
Falar de integração
fronteiriça é falar dos caminhos que levam a conhecer de uma maneira mais
completa as possibilidades de integração entre países limítrofes, como é o caso
da Argentina com Santa Catarina. O Estado tem 82 municípios ao longo de sua
fronteira com o país vizinho e acredita-se que a larga proximidade pode
oportunizar ainda mais as negociações comerciais, conforme destacou, em webinar
nesta terça-feira (06), a presidente da Câmara de Comércio Exterior da
Federação das Indústrias (FIESC), Maria Teresa Bustamante.
Debate contou com a
presença do Presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo; da
Superintendente da Receita Federal 9ª região (Santa Catarina e Paraná), Cláudia
Regina Leão do Nascimento Thomaz, acompanhada pelo delegado adjunto de
Dionísio Cerqueira, Mark Tollemache e sua equipe técnica; e do
Secretário de Negociações Bilaterais nas Américas, representando o Ministério
das Relações Exteriores, Embaixador Pedro Miguel Costa e Silva.
A cooperação entre
os territórios vizinhos segue o ditado “a união faz a força”, mas ainda
encontra entraves de infraestrutura e política. Atualmente, 85% dos itens que o
Brasil exporta para os países do Mercosul são industrializados. Esse mercado
gera emprego, arrecadação tributária e desenvolvimento tecnológico. Além das
exportações, Santa Catarina destaca-se na importação de toneladas de milho e
soja, matérias-primas importantes para a manutenção da atividade agrícola,
principal setor produtivo do Estado.
“Santa Catarina tem
uma economia pujante e a união com nossos vizinhos pode impulsionar o
desenvolvimento econômico. Para isso, é importante a modernização logística,
das rodovias, das ferrovias e, neste caso, do porto seco em Dionísio
Cerqueira”, comenta José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC.
Para a
superintendente da Receita Federal, Cláudia Regina Leão do Nascimento Thomaz, o
estado catarinense representa uma força muito grande de comércio exterior e há
um grande desafio para manter a qualidade dos serviços prestados em
Dionísio Cerqueira.
Em 2020, as
importações na estrutura aduaneira apresentaram uma variação positiva,
diferente dos resultados no restante do país. Houve também uma variação positiva
nas declarações de exportação no local. “A Receita Federal vem fazendo
investimentos em ferramentas tecnológicas e estrutura logística para melhorar o
atendimento na fronteira, priorizando cada vez mais condições favoráveis para
nossos parceiros de comércio exterior”, aponta Thomaz.
O interesse em
manter esse laço comercial com os países vizinhos está na agenda do Governo
Federal. O Embaixador Pedro Miguel Costa e Silva salienta o empenho do governo
em manter a integração regional em pauta. “A pandemia foi um desafio novo para
a relação com os países fronteiriços, mas conseguimos manter esse
relacionamento bilateral ativo e fluido".
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