O presidente da Fesporte, Rui
Godinho, projeta o início das competições do calendário 2020 da Fesporte para o
mês de julho, e conclusão em dezembro, com adaptações na formatação.
Durante um bate-papo com o presidente da Federação Catarinense de Judô,
Moisés Penso, no início de noite desta quinta-feira, 16, o presidente da
Fesporte, Rui Godinho, reiterou que serão realizados os 10 programas de
competições esportivas previstos no calendário 2020, suspensos pelo Decreto
509/2020, em função do novo coronavírus (covid-19).
O encontro foi proposto por Penso para esclarecer a comunidade esportiva
catarinense acerca do calendário e da formatação dos eventos. Godinho afirmou
que é possível realizar todos os eventos previstos em pouco tempo e baixo
custo. Ele destaca que desde que o Governador assinou o Decreto 509, em 18 de
março, a Fesporte vem repensando estratégias para ter seu calendário
integralmente concluído.
“Começamos nossa gestão, tínhamos a proposta de promover mudanças, mas
entendi que era difícil fazer essas alterações, até porque as pessoas estavam
acostumadas com esse modelo. Infelizmente teve de acontecer uma pandemia dessas
pra fazer a gente repensar e buscar o novo”, explicou Godinho.
Segundo ele, um modelo novo proposto evitará ter de paralisar aulas para
que escolas sirvam de alojamento em eventos. Para ele, 75 dias seriam
suficientes para a realização de todos os eventos da Fesporte, não fossem
questões de disponibilidade de praças esportivas. Godinho ainda aponta para a
possibilidade de iniciarem as competições no mês de julho, com as etapas
microrregionais, e em agosto, as regionais, com mudanças bruscas na formatação.
A estratégia seria a redução de classificados para a etapa seguinte. Por
exemplo, modalidades de luta, como o judô, também reduziria, para 16 atletas.
Nas coletivas, em vez de se classificarem 16 equipes para a etapa
estadual, esse número seria reduzido para oito. E as competições seriam em
forma de mata-mata, cada jogo uma decisão. Isso não só resolveria questão
de tempo, mas de alojamento também. Três dias podem ser suficientes para o
fechamento de uma modalidade.
Outra questão seria a possibilidade de redução de RH. Segundo Godinho,
essa formatação teria uma economia de mais de 50%, e os custos com os eventos
poderiam ser cobertos com recursos da loteria esportiva, que vem do Governo
Federal, evitando, assim, ter de mexer nas fontes do Estado. Para ele, esse
modelo emergencial pode ter um aproveitamento posterior, promovendo economia de
forma a ter excedente suficiente para auxiliar federações esportivas e fomentar
diversos projetos pelo estado, sobretudo em base e inclusão. “A Fesporte não é
mais apenas uma realizadora de eventos, mas uma fomentadora do esporte”,
ressaltou o presidente da Fesporte.
Rui Godinho destaca ainda que todo o calendário deverá estar concluído
em dezembro, mês que deverá acontecer a etapa estadual dos Jogos Abertos
da Terceira Idade, que estava previsto para acontecer em abril.
“Temos de cumprir o decreto, mas torcemos para que possamos voltar à
normalidade o quanto antes. A Fesporte absorveu as funções da extinta SOL e
passou a ter mais compromissos, mas não vamos abrir mão de cumprir nosso
calendário enquanto houver essa possibilidade”, reforçou o gestor da Fesporte.
“Reafirmo o compromisso de buscar meios e soluções para o esporte catarinense,
sobretudo neste momento”, concluiu.
Moisés Penso destacou a coragem de Godinho ao promover mudanças num ano o
ano atípico. “ Talvez essa mudança aconteça no memento difícil, mas força um
novo olhar para os eventos da Fesporte”, completou Penso.
Bastante otimista e destacando a importância do esporte e dos
profissionais da área para a sociedade, em especial para a saúde, Rui Godinho
espera que logo a pandemia seja superada e todos voltem à normalidade.
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