Desde que foram anunciados os primeiros casos da Covid-19 no
país, o Governo do Estado tem estudado medidas para reduzir os impactos
econômicos da pandemia em Santa Catarina. O núcleo econômico, que vem
realizando diversas reuniões desde março para discutir a retomada gradual das
atividades, é formado pelo Governo do Estado e entidades do setor produtivo,
incluindo as Federações das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), das
Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedor Individual (Fampesc),
das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), das Empresas de
Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC), entre outras.
Também participam representantes da Assembleia Legislativa de Santa Catarina
(Alesc), da Federação dos Municípios (Fecam), Ministério Público Federal (MPF)
e do Ministério Público (MPSC).
O secretário de Estado da Fazenda (SEF), Paulo Eli, destaca que todas as
sugestões apresentadas pelo núcleo econômico são avaliadas pelo Centro de
Operações de Emergência em Saúde (Coes) para análise e autorização. “Estamos
trabalhando para encontrar o equilíbrio entre saúde e economia. A participação
do núcleo é importante, pois todos querem o melhor para Santa Catarina e as
medidas sugeridas pelo grupo, bem como os protocolos apresentados pelo setor
produtivo, passam por diversos estudos antes de serem anunciados”, disse.
O primeiro segmento liberado foi o das obras privadas de construção civil e sua cadeia
produtiva. A decisão foi oficializada por meio da Portaria 214, publicada no Diário Oficial do
Estado (DOE), passando a valer a partir de quinta-feira, 2 de abril. Na
ocasião, o governador Carlos Moisés da Silva disse que a retomada gradativa das
atividades precisa ocorrer de forma segura e as reuniões do núcleo econômico
dão mais estabilidade na tomada das decisões.
A segunda etapa, a partir do dia 6 de abril, foi a liberação de profissionais autônomos e liberais da saúde,
tais como médicos, veterinários, fisioterapeutas, biomédicos, psicólogos,
enfermeiros, fonoaudiólogos, farmacêuticos e nutricionistas. Nesta fase, foram
liberados também profissionais de interesse da saúde, tais como terapeutas
ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, cabeleireiros,
barbeiros, pedicures, manicures, depiladores, massagistas e podólogos; além de
autônomos de áreas gerais, entre eles advogados, contadores, administradores,
jardineiros, cozinheiros, limpadores de piscina, faxineiros, empregados
domésticos, encanadores, entre outros. As ações foram regulamentadas por meio
da Portaria 223, publicada no DOE.
Após mais uma reunião do núcleo econômico, no dia 8 de abril, ficou
autorizada a retomada de estabelecimentos da cadeia produtiva automotiva, náutica, de implementos
agrícolas e lavanderias. Foram incluídas as oficinas mecânicas, autoelétricas,
borracharias, comércio de veículos e autopeças, locação, despachantes,
autoescolas, serviços inspeção veicular e lavações, além de tinturarias e
lavanderias de autosserviço. O Coes editou duas portarias, números 230 e 231, com as regras para a atuação segura desses
segmentos.
“Ouvimos todos os participantes do núcleo econômico e anunciamos
previamente as medidas que estavam sendo estudadas pelo Coes”, explica Eli. Na
última quinta-feira, 9, foi realizada uma reunião com o segmento de shoppings
centers, que contou com participação também das Federações das Associações
Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC).
No último sábado, 11, o governador Carlos Moisés anunciou mais uma etapa
da retomada gradual das atividades que haviam sido discutidas previamente com o
núcleo econômico. Foram liberados hotéis, pousadas e similares, comércio de rua e
restaurantes apenas para a retirada do alimento, sem permanência no
local, com medidas restritivas publicadas nos protocolos números 244 e 245. Na ocasião, o governador Carlos Moisés antecipou
que continuará proibida até 30 de abril a abertura de centros comerciais,
shoppings e galerias, assim como o transporte coletivo e a permanência de
pessoas em restaurantes, bares, cafés e lanchonetes.
Já os eventos, reuniões de qualquer natureza, como aulas presenciais,
cursos, missas e cultos, eventos do calendário esportivo da Fesporte,
permanência de pessoas em espaços públicos, atividades como cinema, teatro,
shows, casas noturnas e similares tiveram a proibição estendida até o dia 31 de
maio.
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