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A Receita Federal participa nesta manhã da operação “i-Conti”,
deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público
Federal (MPF). A ação busca combater os crimes de lavagem de dinheiro, formação
de quadrilha e outros correlatos.
A operação teve início após a prisão de um indivíduo
utilizando documentos falsos. Uma busca no banco de dados da Receita Federal
apontou que o indivíduo, em conluio com um grupo de italianos e brasileiros,
criou uma série de empresas fantasmas, registradas mediante a utilização de
documentos falsificados ou de laranjas. O grupo seria o responsável pela
aquisição de mais de 300 imóveis no litoral catarinense.
Após a investigação inicial, a Receita Federal enviou as
informações para o Ministério Público, que acionou a Polícia Federal para a
investigação do grupo criminoso. Após troca de informações com as autoridades
policiais italianas, constatou-se que seis dos integrantes do grupo tinham
antecedentes criminais na Itália, respondendo a processos por roubo,
falsificação de documentos e possível ligação com a Máfia italiana.
A suspeita é de que a origem do dinheiro utilizado na compra
dos imóveis venha do crime organizado na Itália, o que caracterizaria o crime
de lavagem de dinheiro. A Justiça Federal decretou o bloqueio e
indisponibilidade de todos os bens moveis, imóveis e valores em nome dos
envolvidos e de suas empresas.
Servidores da Receita Federal, PF e MPF cumprem nesta data
sete mandados de busca e apreensão, em endereços localizados nos municípios de
Joinville e Itapoá. Além da busca por bens adquiridos pela quadrilha, os
auditores-fiscais buscam também mais informações sobre o grupo e suas
atividades no Brasil.
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