Brasil tem quase 6 milhões de casos confirmados de dengue (Foto: Ascom/Prefeitura SMO)
17/12/2024 - 10h07
O Instituto Butantan submeteu nesta segunda-feira (16) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro da vacina da dengue.
A Butantan-DV, como é chamado o imunizante, é a primeira opção de vacina contra a doença que pode ser aplicada em uma única dose. Ela é tetravalente – com proteção contra os 4 tipos da dengue – e poderá ser aplicada em pessoas entre 2 anos de idade e 60 anos incompletos.
Por ser vacina de dose única, ela já entrega o que promete, cerca de 10 a 15 dias depois de aplicada a dose. E em 3,7 anos depois de uma dose da vacina, ela ainda mantém proteção especialmente para os tipos 1 e 2 da dengue.
Segundo o instituto, nos estudos de fase dois, a vacina demonstrou 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática. Já na terceira fase de estudos, a eficácia chegou a uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.
Para o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, o Instituto atingiu um marco muito importante na ciência de produtos médicos no Brasil. Ele explica que a vacina da dengue começou a ser desenvolvida no país ainda no fim dos anos 90, e se consolidou a partir dos anos 2000 com uma invenção que foi feita num laboratório dos Estados Unidos.
“Quando ainda era um protótipo, a tecnologia foi trazida para o Butantan e vários processos de desenvolvimento foram estabelecidos pelo Instituto. Foi aqui no Brasil que houve o grande investimento através de Fapesp, Governo do Estado de SP, BNDES e Ministério da Saúde, para a implementação dos estudos de avaliação clínica dessa vacina. O financiamento foi fundamentalmente nacional", destaca Kallás.
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