Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom
O mês de outubro foi marcado pela chuva significativa em boa
parte de Santa Catarina. É o que aponta o Boletim Hidrometeorológico Integrado
divulgado nesta sexta-feira, 5. A chuva ficou acima da média climatológica para
o mês no Oeste, no Litoral Norte, no Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis.
Ainda assim, alguns municípios do Oeste permanecem com o abastecimento urbano
afetado pelos efeitos da estiagem que se prolonga desde 2019.
Historicamente, os volumes de chuva esperados para outubro
são altos, com média climatológica entre 175 e 200 mm na metade Oeste e entre
125 e 175 mm no Leste, de forma geral. Essa média foi superada nas regiões
Oeste, da Grande Florianópolis e Litoral Norte, onde os volumes de precipitação
registrados variaram de 200 a 300 mm, com casos pontuais que se aproximaram dos
400 mm. Nas áreas do Leste de SC, os altos acumulados de chuva estão
relacionados à circulação marítima. No Oeste, a atuação de áreas de baixa pressão
combinadas com calor e umidade favoreceram a ocorrência de temporais.
Os registros que indicaram menores volumes de chuva, durante
o mês de outubro, foram nos Planaltos e no Litoral Sul, onde os índices não
atingiram a média climatológica para o período.
Mesmo com a chuva, o Índice Integrado de Seca (IIS), que leva
em consideração tanto a precipitação quanto os impactos sobre a vegetação,
permanece indicando estiagem em uma grande parte do Estado, mas em menor
intensidade do que nos meses anteriores. Quase 27% dos municípios catarinenses
estão em situação de normalidade em relação à seca, cerca de 61% registram seca
fraca e pouco mais de 12% seca moderada.
Conforme o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, a manutenção dos impactos da estiagem, mesmo com as chuvas de outubro, são reflexo do longo período em que as precipitações ficaram abaixo do esperado. Desde 2019 o estado enfrenta períodos frequentes de escassez hídrica. “Como a vazão dos rios e o armazenamento de água no solo chegaram a níveis muito baixos, será necessário um período longo de chuvas regulares para que se verifique uma recuperação mais consistente, especialmente no Oeste, por isso mantemos o alerta para um uso consciente da água”, explica Porto Ferreira.
Abastecimento urbano
A situação do abastecimento urbano também melhorou. Dos 267 municípios que enviaram informações, 214 estão com o abastecimento normal, 43 em atenção, seis em alerta e quatro em estado crítico, com dois municípios do Extremo Oeste catarinense em situação de racionamento. Na edição anterior do Boletim Hidrometeorológico, de primeiro de outubro, eram 206 com abastecimento normal, 58 em estado de atenção, 11 em alerta e quatro em estado crítico.
Previsão para novembro
Conforme dados divulgados no Boletim Hidrometeorológico, o
primeiro período de novembro, entre os dias 4 e 11, deve ser marcado pelo tempo
instável por conta da atuação de uma área de baixa pressão e passagem de uma
frente fria. A chuva deve ocorrer de forma frequente e os acumulados previstos
podem ficar entre 50 e 75 mm de forma geral. A presença de calor e umidade deve
contribuir para a ocorrência de temporais, o que pode levar a volumes de chuva
ainda maiores, de forma pontual e ocorrendo em curto espaço de tempo.
Já no segundo período, entre os dias 12 e 19 de novembro, a
chuva deve ser mais irregular, por conta da influência de um sistema de alta
pressão em grande parte dos dias. No Litoral, o sistema também deve favorecer a
circulação marítima, que deixa a região com mais nebulosidade e chuva
persistente. Os volumes de chuva previstos são de 20 a 40 mm no Estado.
Contudo, é importante o acompanhamento das atualizações semanais devido às
incertezas inerentes à previsão que ultrapassam três dias.
A previsão para o trimestre novembro e dezembro de 2021 e
janeiro de 2022 é de que a chuva seja a acima da média no Litoral e abaixo da média climatológica no Oeste.
Boletim Hidrometeorológico
O Boletim Hidrometeorológico é uma publicação da Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), por meio da
Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), e da Defesa Civil de Santa
Catarina, com a parceria da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa
Catarina (Aresc) e outras agências reguladoras.
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