O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto,
anunciou nesta terça-feira (4) que o governo pretende dividir o programa Minha
Casa Minha Vida em dois programas de habitação social – um destinado a famílias
de baixíssima renda e outro destinado a famílias de baixa e média renda.
Segundo ele, dentro de cada programa haverá subdivisões.
Naquele para famílias de baixíssima renda, por exemplo, serão atendidas
famílias que não têm acesso ao crédito imobiliário; pessoas vindas de áreas
afetadas por situações de emergência ou calamidade pública; e também famílias
afetadas por obras públicas. Nessa faixa, o custo das moradias será totalmente
pago pelo governo.
Já no programa destinado à baixa e média renda haverá
incentivo para a aquisição do imóvel, seja por acesso a financiamentos ou pelo
que o ministro chamou de “poupança imobiliária”. Essa poupança imobiliária
seria uma espécie de aluguel pago pelo beneficiário, mas que pode ser usado
para adquirir o imóvel que ele está ocupando ou qualquer outro imóvel.
De acordo com o ministro, a poupança imobiliária seria
acumulada enquanto as famílias ocupam o imóvel construído pelo governo. Gustavo
Canuto negou, no entanto, que trate-se de cobrança de um aluguel. "Não é
aluguel, não tem remuneração de capital. A pessoa faz uma poupança que pode
usar para adquirir o imóvel", explicou.
Baixíssima renda
A referência para a inclusão das famílias nesse programa, que
terá imóvel 100% financiado pelo governo, será a renda de um salário mínimo.
Esse valor, no entanto, pode ser maior ou menor dependendo da região.
“Entendemos que definir um salário mínimo para acessar o programa nem sempre é justo. O poder de compra de um salário na região metropolitana de São Paulo não é o mesmo do poder de compra no agreste pernambucano. Foi criado um fator de localização, Então, dependendo da região, esse teto vai ser maior ou menor do que um salário mínimo”, afirmou o ministro durante reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.
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