O Dnit já contratou
uma empresa pra ver o que é necessário fazer e adequar, mas ainda que o projeto
fique pronto este ano, não tem dinheiro orçado pra isso. Pra concluir de vez o
que começou a ser feito lá em 2013 entre Guaraciaba e Dionísio Cerqueira, o
superintendente do Dnit em Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, estima que
serão necessários em torno de R$ 220 milhões. “Nós estamos com problema de
recursos. Precisaríamos de R$ 100 milhões para 2020 e um pouco mais de R$ 100
milhões para 2021. Porque a obra ali vai custar no total R$ 220 milhões. Então,
em dois anos a gente consegue entregar esta obra, desde que tenha recurso. Mas
a gente sabe da situação econômica do país, que ela não está tão favorável a
isso. Vamos pelo menos tentar aprovar o projeto este ano para aí, aos
pouquinhos, reiniciar a obra e fazer”, explica Barbosa.
O superintendente
torce para que pelo menos uma parte desse valor esteja contemplado no orçamento
do ano que vem. Na retomada do serviço, a prioridade será concluir o viaduto no
trevo de São José do Cedro, que vai ter várias alterações em relação ao projeto
inicial. “Já assinamos o contrato com a empresa pra fazer o projeto, atualizar
aquele projeto. O pessoal de São José do Cedro sofre muito com aquele viaduto
que foi feito ali. O prefeito esteve aqui, eu conversei com ele, e a gente vai
fazer um projeto pra ajustar aquele viaduto, ninguém vai tirar o viaduto porque
é um custo enorme. Nós vamos revitalizar, fazer um projeto de melhoria e
apresentar a comunidade. Antes de fazer qualquer tipo de ação ali, nós vamos
fazer o projeto, mostrar para a comunidade, e iniciar o serviço por ali”,
destaca.
Tudo era pra ter
ficado pronto há quatro anos. A empreiteira Sul Catarinense fez um terço da
obra e praticamente abandonou o serviço. A empresa foi multada em mais de R$ 10
milhões e o contrato rescindido. E até hoje a obra tá parada. A torcida é que a
promessa de retomada da obra no trecho de Guaraciaba até o Porto Seco em
Dionísio seja mesmo no ano que vem. Já em relação ao outro contrato, que prevê
obras entre Guaraciaba e São Miguel e também o contorno de São Miguel do Oeste,
aí se quer há previsão de quando isso será colocado em pauta. “Deixamos em
stand-by porque a gente primeiro tem que iniciar esta obra que contratamos, já
que tem pouco recurso, vamos iniciá-la, vamos avançar bem, para depois sim
pensar no contorno. Vamos primeiro terminar um empreendimento pra começarmos
outro porque se não vamos ficar com dois empreendimento pela metade”, finaliza
Barbosa.
Em meio a tanto
atraso, burocracia e promessas não cumpridas no passado, pelo menos uma notícia
positiva. A empresa que está fazendo o projeto pra retomar a obra da BR 163 é a
mesma que vai executar o serviço. A empreiteira foi contratada em Regime
Diferenciado de Contratações Públicas (RDCI), criado para agilizar as obras da
Copa do Mundo. A empresa faz o projeto e faz a obra. Assim dispensa uma segunda
licitação e ganha tempo, mas é preciso garantir o recurso. Sem ele, não tem
obra.
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