Vesna Harni/Pixabay/Divulgação
A Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), informou na tarde desta quarta-feira (1°),
que solicitou informações sobre a eficácia dos imunizantes contra a Covid-19,
diante dos potenciais impactos da nova variante: Ômicron. No Brasil, três casos já foram
confirmados e seguem em acompanhamento. Testes já são
realizados pelos fabricantes.
Ainda segundo a
Agência, até o momento, não se conhece os verdadeiros impactos da nova
variante, que foi reportada à OMS (Organização Mundial da Saúde), no dia 24 de
novembro de 2021, pela África do Sul. Considerada uma “variante de
preocupação”, a ômicron, possui mais de 50 mutações.
A expectativa é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais das vacinas.
“A Agência solicitou às desenvolvedoras de vacinas autorizadas no Brasil informações sobre os estudos em andamento. A solicitação foi encaminhada aos laboratórios Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen. A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes”, informou em nota.
A Anvisa ainda
destaca que “As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a
Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte”.
O que se sabe até agora
O surgimento de uma
variante no novo coronavírus confirmado em regiões da África preocupa especialistas
internacionais de saúde. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à
letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país
vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de
novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
Além de países
vizinhos a Botsuana – África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini
(ex-Suazilândia) -, casos da variante Ômicron também foram registrados em
outras regiões: Hong Kong, na China, foi a primeira delas. Israel e Bélgica
também tiveram registros, casos que seguem isolados.
O que há de
diferente?
Nos casos
analisados, constatou-se que a variante é portadora de dezenas de mutações
genéticas que podem afetar os índices de contágio e de letalidade. Um time de
cientistas de universidades da África do Sul está decodificando o genoma da
Ômicron, juntamente com dezenas de outras variantes do novo coronavírus.
Tulio de Oliveira,
diretor do Centro para Respostas e Inovações Epidêmicas da universidade de
KwaZulu-Natal, afirmou em coletiva de imprensa que a variante Ômicron possui
“uma constelação incomum de mutações”. A variante Delta, por exemplo, possuía
duas mutações em relação à cepa original do novo coronavírus, enquanto a
Ômicron possui mais de 50 – a maioria delas localizadas na proteína Spike,
responsável por infectar células saudáveis, explicou o brasileiro.
Em reunião de
emergência realizada na tarde de sexta-feira (26), representantes da OMS
classificaram a Ômicron como variante de preocupação (VOC) – mesma
categoria das variantes Delta e Gama.
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