OMS e China poderiam ter agido mais rápido contra a Covid-19, criticam especialistas

19/01/2021 - 14h29

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a China poderiam ter reagido mais rapidamente ao início da pandemia da Covid-19, afirmam especialistas independentes encarregados de avaliar a resposta mundial, acrescentando que a propagação do vírus se viu “beneficiada” por uma “epidemia em grande parte ocultada”.

Em seu segundo informe, que deve ser apresentado na terça-feira (19) durante a reunião da OMS, este painel de especialistas ressalta que, “ao se referir à cronologia inicial da primeira fase da epidemia, constata-se que teria sido possível agir mais rápido, com base nos primeiros sinais”.

“O que está claro para o Grupo é que as autoridades de saúde locais e nacionais da China poderiam ter implementado medidas de saúde mais fortes em janeiro. Também está claro para o Grupo que no final de janeiro de 2020 já havia evidências de casos em vários países”, destaca.

O relatório acrescenta que “todos os países que detectaram casos prováveis deveriam ter implementado medidas de contenção de saúde pública imediatas. Não o fizeram (…) apenas alguns países aproveitaram ao máximo as informações disponíveis para responder às evidências de uma epidemia emergente”.

O grupo também nota a lentidão da OMS em montar seu comitê de emergência no início da pandemia e declarar a urgência sanitária internacional.

Desde o início da crise no final de 2019, a OMS tem sido duramente criticada por sua resposta, atrasando principalmente a recomendação do uso de máscara.

Em particular, os Estados Unidos acusaram o organismo de ter sido extremamente complacente com a China, onde o coronavírus apareceu no final de 2019, e de ter demorado a declarar o estado de emergência sanitária.

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