É cada vez mais grave a situação da estiagem, que já é considerada
a pior da história em Santa Catarina, ao lado da mais severa delas, registrada
em 1957. A região Extremo Oeste é uma das mais castigadas.
Só em São Miguel do Oeste, dados da Epagri apontam perdas que já ultrapassam os R$ 23 milhões nas culturas de milho, soja, feijão, trigo e fumo, além da bovinocultura de leite e de corte.
A queda na produção para o autoconsumo, e o adoecimento e morte de animais devido à baixa qualidade das reservas de água disponíveis são outros fatores que preocupam. Com previsão de poucas chuvas no decorrer das próximas semanas, a tendência é de que a situação se complique ainda mais. Na cidade, a Casan segue com o rodízio no abastecimento.
O prefeito, Wilson Trevisan, foi um dos primeiros a decretar Situação de Emergência na região, ainda no dia 02 de outubro. Atualmente, o Município realiza o transporte diário de 150 mil litros de água para abastecer cerca de 100 propriedades. De acordo com a Secretaria de Obras, este trabalho vem crescendo bastante nas últimas semanas. O quadro só não é pior devido ao alto investimento realizado nos últimos anos pela Secretaria de Agricultura, na proteção de fontes e abertura de quase 200 poços caxambu.
De acordo com Trevisan, as perdas para o setor agroindustrial também preocupam. Nesta quinta-feira (19), o prefeito recebeu representantes da Polícia Militar Ambiental, IMA (Instituto do Meio Ambiente), Conder (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Antas e empresa JBS. Na ocasião, foi debatida a possibilidade de adoção de novas medidas emergenciais, como a captação de água, de forma temporária, no Rio das Antas.
Trevisan ressalta, ainda, que o Município já iniciou os trâmites para obtenção de auxílio estadual e federal no enfrentamento aos efeitos da estiagem. O prefeito solicita que a população compreenda a gravidade do momento, e economize água ao máximo possível.
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