O setor
agropecuário brasileiro recebeu, por meio do Programa Crédito Rural, do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado em março de
2020, financiamentos no montante de R$ 1,7 bilhão no ano passado. Desse total,
R$ 1,5 bilhão foram referentes ao plano safra 2020/2021.
Segundo o BNDES, o
objetivo do programa é garantir perenidade na oferta de crédito para produtores
rurais. Até agora, o banco concedeu empréstimos a 3.700 produtores, em mais de
5.200 operações.
Para consultas
sobre esse programa e demais linhas de apoio ao setor do agronegócio, o BNDES
criou em seu site um portal que
permite acesso a dados como volumes aprovados por porte de beneficiário,
programa e agente financeiro, distribuição geográfica das operações,
equipamentos financiados, categoria estratégica à qual o apoio pertence, como
inovação, sustentabilidade ou irrigação.
Ano safra
Dados relativos ao
ano safra 2020/2021, que vai de julho de 2020 a junho de 2021, revelam que a
maior parte dos beneficiários (cerca de 37 mil ou o equivalente a 62,7% do
total) está vinculada à agricultura familiar. O estado com maior quantidade de
financiamentos foi o Paraná.
O painel mostra
também que os principais programas em volume, desde julho de 2020, são o
Moderfrota (com R$ 5,8 bilhões em aprovações), o Pronaf Investimento (R$ 2
bilhões) e o BNDES Crédito Rural (R$ 1,5 bilhão). Os interessados têm acesso
ainda, no portal, a um ranking dos agentes financeiros, identificando
aqueles que aprovaram os maiores volumes de recursos.
O Programa BNDES
Crédito Rural é usado como alternativa aos programas agropecuários do governo
federal, cujas taxas de juros são equalizadas pelo Tesouro Nacional.
De acordo com a
instituição, um dos pioneiros no uso do programa BNDES Crédito Rural foi o
agricultor Antônio Donizetti Primon, que tomou empréstimo de R$ 1,3 milhão na
agência da Cresol Baser de Nova Esperança, cidade próxima de Maringá, no
Paraná. Ele vai investir na construção de um barracão para armazenar máquinas,
equipamentos e sementes em sua propriedade de Anaurilândia, Mato Gosso do Sul,
em área de 726 hectares.
“Tenho um prazo bom
e consigo administrar o pagamento. Com isso, já posso pensar em investir em
irrigação com a compra de um pivô móvel, que vai permitir ter três safras ao
ano. Assim, a propriedade fica altamente produtiva”, disse Primon.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook