Projeto "Baú de Histórias" do Sesc chega a São Miguel do Oeste no dia 16

10/03/2020 - 10h49

O projeto "Baú de Histórias" percorrerá 30 cidades catarinenses, a partir do dia 16 de março, com quatro espetáculos de contação de histórias. São eles: "Assombros, Causos e Outros Encontros", da Associação Cultural Matakiterani (Lages/SC); "Arandua", da Tribo Pachorra Teatro Livre (Biguaçu/SC); "Contos de um Reino Distante: Adivinha Adivinhão", da La Luna Cia de Teatro (Canelinha/SC); e "Um Rio de Memória e Gente", da Dionisos Teatro (Joinville/SC).

Premiado na categoria desenvolvimento cultural pelo Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC 2019, o Baú de Histórias promove a arte da contação de histórias em Santa Catarina há 18 anos. Em 2019 o projeto alcançou um público de 31.490 pessoas, que foram impactadas através de momentos de troca, histórias compartilhadas, dicas de leitura, estímulo ao ouvir e contar, vivências artísticas, ações de formação e valorização da narrativa oral, resgate de histórias que pertencem a cultura popular, acesso a produção artística e fruição.

"Assombros, Causos e Outros Encontros", da Associação Cultural Matakiterani (Lages/SC), pede licença aos assombros para narrar causos do encontro entre o homem e o Sem Nome, o Coisa Ruim, o Pé Redondo, o Djanho, em diferentes formas e circunstâncias, tendo como fio condutor a figura do gaiteiro. As histórias foram ouvidas dos mais velhos na região da Serra catarinense e fazem parte do processo de pesquisa e valorização da tradição oral promovida pela Matakiterani. O espetáculo passa por Caçador (16/03), Curitibanos (17/03), Lages (18/03), Urubici (19/03) e São Joaquim (20/03). Tem classificação indicativa de 12 anos. 

"Arandua", da Tribo Pachorra Teatro Livre (Biguaçu/SC), circula por São Miguel do Oeste (16/03), Chapecó (17/03), Xanxerê (18/08), Concórdia (19/03) e Joaçaba (20/03). O espetáculo conta a história da criação através da cosmovisão Guarani. A dramaturgia revela-se a partir dos elementos que compõe o cotidiano desta tribo. Tudo, objetos, roupas, instrumentos, adornos, animais e natureza, têm uma história e um porque, nada está fora do seu lugar de poder dentro da cultura. Depois de sonhar com um beija-flor sagrado, Djaxuká sai em busca de uma terra não muito longe, lá ela encontra a tchejaryi (anciã), que nos conta as histórias ao redor do fogo e aponta os caminhos de Arandua, a sabedoria ancestral. Reviver as histórias é uma das práticas do nhandereko, o sistema de vida Guarani, que renova e fortalece a cultura através de gerações. É um convite para embarcar no som do tambor e sentir o chamado da natureza. 

"Contos de um Reino Distante: Adivinha Adivinhão", da La Luna Cia de Teatro (Canelinha/SC), terá apresentações gratuitas em Balneário Camboriú (16/03), Brusque (17/03), Tijucas (18/03), São João Batista (19/03), Florianópolis (20/03), Palhoça (23/03), Laguna (24/03), Tubarão (25/03), Araranguá (26/03) e Criciúma (27/03). A narrativa discorre sobre um reino muito distante, um imponente castelo e uma rainha roubada. Havia homens traidores dentro da corte que estavam atrás dos bens e do poder da rainha, mas ela não sabia quem eram esses ladrões, pois eles estavam armando tudo às escondidas. Ninguém sabia quem eram eles, ninguém poderia saber, a não ser uma pessoa: um velhinho misterioso que se dizia adivinho e que vivia circulando as feiras da região. Era esse velhinho, com sua esperteza e sabedoria, que iria salvar a corte de forma astuta e sorrateira. 

"Um Rio de Memória e Gente", da Dionisos Teatro (Joinville/SC), será encenado em Vidal Ramos (16/03), Rio do Sul (17/03), Pouso Redondo (18/03), Itajaí (19/03), Blumenau (20/03), Joinville (23/03), Jaraguá do Sul (24/03), São Bento do Sul (25/03), Mafra (26/03) e Canoinhas (27/03). O espetáculo conta que todo mundo tem um rio, uma pedra grande, uma casa de madeira, guardados na memória. Um lugar só seu, um lugar mágico. São os nossos amuletos de memórias quentes. O ator e músico Vinícius Ferreira se propõe a dar vida a esse universo que permeia as lembranças que nos aquecem. "Um Rio de Memória e Gente" é um espetáculo que, a partir das memórias do ator e de sua família, do interior de Santa Catarina, busca lançar um olhar poético para a ancestralidade, explorando a musicalidade e a poesia da arte que se faz na fala do povo, no canto que passa de boca em boca através de gerações. 

A seleção dos espetáculos foi pautada na qualidade da encenação, relevância literária da proposta e valorização da diversidade cultural através das histórias. Até o final do ano serão 240 apresentações gratuitas realizadas por artistas que possuem trabalhos reconhecidos e que muitas vezes não chegariam a algumas localidades sem a ação do Sesc.

Para os artistas, a circulação trata-se de um intensivo de apresentações, que demanda preparo, mas que também contribui para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos projetos. O contato diário com o público e com diferentes realidades propõe que o artista esteja em constante transformação.

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