Foto: Leo Munhoz/ND
“Estudos preliminares indicam que a Ômicron é mais transmissível e contagiosa do que a variante Delta”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário.
O risco se intensifica em ambientes com aglomeração de pessoas, pouca ventilação e sem o uso da máscara. O alerta vem um dia após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciar que dois casos da Ômicron foram identificados no Brasil.
No Estado, porém, Macário garante que até o momento não há confirmações nem suspeitas de que a variante tenha chegado em território catarinense.
“Continuamos
monitorando todos os casos, principalmente daquelas pessoas que tiveram contato
ou que tiveram histórico de viagem para países africanos”, diz. Assim, pode ser
realizado o monitoramento e a coleta de amostras para identificação da nova
variante caso ela apareça em Santa Catarina.
Organismos
internacionais estão estudando qual é o potencial dessa nova variante de
produzir casos graves de serem resistentes às vacinas atualmente disponíveis,
bem como os teste disponibilizados — RT-PCR e antígenos.
Qual é a
capacidade de SC para identificar novas variantes
Macário salienta
que “Santa Catarina tem um sistema de vigilância genômica eficiente e que
tem identificado de forma rotineira todas as variantes em circulação no mundo”.
Segundo o
superintendente, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) tem
um sistema de vigilância laboratorial capaz de identificar casos possivelmente
associados a novos tipos de variantes.
Nesse caso, para
confirmação, é necessário encaminhar as amostras para o laboratório de
referência nacional, a Fiocruz, no Rio de Janeiro, que sequencia as amostras.
A circulação
predominante em Santa Catarina é da variante Delta, também altamente
transmissível. As vacinas atualmente disponíveis estão sendo bastante
eficientes na contenção de casos novos e, especialmente, na contenção de casos
mais graves e na redução e mortes por coronavírus, esclarece Macário.
SC proíbe eventos
ao ar livre com aglomerações
O Governo
de Santa Catarina publicou, na noite desta terça-feira
(30), uma portaria que
proíbe a realização de grandes eventos ao ar livre que
provoquem aglomerações. Isso inclui encontros com mais de 500 pessoas sem
capacidade para seguir o protocolo do “evento seguro”, para controle de
público.
A nova portaria
também estabelece que apenas pessoas com esquema vacinal completo poderão
realizar visitações em ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos).
Alerta para fim do
ano
Até que os estudos realizados
pela OMS (Organização Mundial de Saúde) junto aos países que já identificaram
casos da Ômicron sejam concluídos, Eduardo Macário alerta a população para
seguir com os cuidados de prevenção.
“Mantenham as
atitudes positivas de prevenção, como uso de máscara, principalmente em
ambientes fechados, com pouca ventilação ou aglomerados.”
“Agora, momento em
que todos estão indo para as compras de Natal, tenham esse cuidado de manter um
certo nível de distanciamento e utilizem a máscara como uma proteção para si e
para os demais”, complementa.
O superintendente
reforça, ainda, a importância da vacinação de todas as doses necessárias. Além
disso, ele diz que “há excesso de imunizantes”, como uma forma de mostrar que
ninguém ficará sem vacina.
“Somente com vacinação
e um cuidado maior nos próximos meses nós conseguiremos ter um 2022 muito mais
tranquilo e com a pandemia sob controle”, finaliza.
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