Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, durante apresentação no encontro (foto: Filipe Scotti)
A Agenda
Estratégica da Indústria para Infraestrutura de Transporte e a Logística
Catarinense mostra que o estado demanda R$ 18,5 bilhões até 2025 para manter e
ampliar a infraestrutura de transporte nos modais rodoviário (R$ 14,4 bilhões),
ferroviário (R$ 928,7 milhões), aeroviário (R$ 1,28 bilhão), dutoviário (R$ 400
milhões) e aquaviário (R$ 1,5 bilhão). Dos R$ 18,5 bilhões, R$ 5,6 bilhões são
relativos a investimentos federais, R$ 4 bilhões estaduais, R$ 200 milhões
municipais e R$ 8,7 bilhões privados. As informações estão no documento,
apresentado pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta segunda-feira (6), em
Florianópolis, com a participação de lideranças industriais, políticas e
especialistas da CNI e do Ministério da Infraestrutura.
O presidente da
FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que Santa Catarina precisa de um
planejamento integrado e sistêmico da macrologística para o curto, médio e
longo prazos. “Essa é a grande questão de Santa Catarina. Não temos esse
planejamento e não temos um banco de projetos para receber os investimentos
privados”, disse. Ele salientou que uma conquista importante foi a inserção de
Santa Catarina no contexto logístico nacional. “Não havia essa visão por parte
do Ministério da Infraestrutura, que não considerava as cargas de valor
agregado, que são as cargas características de Santa Catarina. Indo a Brasília
demonstramos a necessidade e o direito de estarmos inseridos no plano logístico
nacional”, afirmou Aguiar.
Em sua
apresentação, ele também defendeu a elaboração do Plano Logístico de Santa
Catarina, considerando a malha atual e futura do estado e incluindo o modal
ferroviário. “Com as cargas de valor agregado, está comprovado que Santa
Catarina tem, sim, a viabilidade de implantação do complexo ferroviário”,
disse.
O diretor de
política e planejamento integrado da secretaria de fomento, planejamento e
parcerias do Ministério da Infraestrutura, Tito Lívio Pereira Queiroz e Silva,
apresentou as principais diretrizes do Plano Nacional de Logística (PNL 2035),
para o qual a FIESC fez um conjunto de contribuições durante a fase de consulta
pública, que foi contemplado pelo governo. “As necessidades são grandes em
logística e os recursos são limitados. Nesse cenário é importante a
participação privada nos projetos de infraestrutura”, disse. Em relação às
ferrovias, ele informou que a viabilidade econômica será estudada em detalhes
pelo Ministério. "Mas vemos que há, sim, uma carga relevante sendo puxada
por essas ferrovias quando elas forem ativadas”, explicou ele, destacando que
esse cenário é baseado nas simulações feitas pelo governo federal no âmbito do
PNL para Santa Catarina.
O secretário-executivo da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, destacou os principais avanços que o PNL 2035 trouxe para Santa Catarina. “Vimos as simulações (do Ministério) e como Santa Catarina se destaca. Reitero que temos um dos mais importantes complexos portuários da América Latina. Santa Catarina ocupa a segunda posição no país na movimentação de contêineres. Se considerarmos carga de valor agregado e contêiner, temos um espaço especial. Fizemos contribuições ao PNL que foram incorporadas”, declarou.
Orçamento federal: Para 2021, o orçamento do governo federal (OGU, PAC e PIL) para obras de infraestrutura de Santa Catarina prevê R$ 493 milhões, mas até novembro foram pagos R$ 191,8 milhões, ou seja, 38,9% do previsto para o ano.
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