Pela terceira
semana consecutiva, Santa Catarina não apresenta nenhuma região no risco
gravíssimo (cor vermelha) ou grave (cor laranja) para a Covid-19. A Matriz de
Risco Potencial Regionalizado divulgada neste sábado, 23, aponta 13 regiões
como risco potencial alto (cor amarela) e quatro como risco potencial moderado
(cor azul).
As regiões do Alto
Vale do Itajaí e Oeste, que na semana anterior estavam classificadas como nível
alto (amarelo), passaram a ser classificadas como moderado, se juntando às
regiões do Alto Vale do Itajaí e Alto Vale do Rio do Peixe, que se mantiveram
em azul. Já a Região do Alto Uruguai Catarinense, que na semana anterior estava
no nível moderado (azul), passou a ser classificado como alto
(amarelo).
As regiões em risco
alto são Alto Uruguai Catarinense, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul
Catarinense, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio-Oeste,
Nordeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê.
Matriz passa por adequações para melhor refletir a situação do estado
Três parâmetros da
Matriz de Avaliação de Risco passaram por ajustes para refletir melhor a
situação do estado: cálculo de casos infectantes, cobertura vacinal e
capacidade de atenção.
Em relação ao
cálculo de casos infectantes, passou-se a utilizar um modelo autorregressivo
integrado de médias móveis (ARIMA) amplamente utilizados na análise de séries
temporais. Com esse modelo, foi possível obter um melhor ajuste para o cenário
epidemiológico, sendo mais apropriado para o atual momento da pandemia de
Covid-19 em Santa Catarina.
Para o cálculo da
cobertura vacinal, foi utilizado o total de doses (D2 e DU) aplicadas em
relação à população de 12 anos ou mais residente em cada uma das regiões do
estado, o que representa a cobertura vacinal completa desta população.
Considerando o avanço na vacinação, os parâmetros que determinam o nível de
gravidade foram revistos, sendo que cobertura abaixo de 60% é considerado
gravíssimo, entre 60% e 70% grave, de 70% a 80% alto e acima de 80% moderado.
Com isso, busca-se incentivar que os municípios promovam ações para ampliar a
cobertura vacinal completa, contribuindo para um maior controle da
pandemia.
Por fim, houve
mudança no cálculo da capacidade de atenção. Considerando que várias regiões
estão com um número de leitos de UTI Adulto cada vez menos ocupados para
Covid-19, já é possível retomar as cirurgias eletivas, que demandam menor tempo
de uso de leitos de UTI. Considera-se como nível gravíssimo uma ocupação acima
de 60% dos leitos disponíveis, como grave uma ocupação entre 40% e 60%, alto de
20% a 40% e moderado abaixo de 20%. Com isso, nove regiões apresentam uma
ocupação abaixo de 20% (Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto
Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Laguna, Médio Vale
do Itajaí, Meio-Oeste e Serra Catarinense), seis estão com ocupação de 20% a
40% permanecendo em nível alto (Extremo Oeste, Foz do Rio Itajaí, Grande
Florianópolis, Oeste, Planalto Norte e Vale do Itapocu) e duas regiões
apresentam ocupação de 40% a 60% estando em nível grave (Nordeste e Xanxerê).
Nenhuma região se apresenta em nível gravíssimo.
O aumento na
cobertura vacinal em Santa Catarina permanece sendo um fator essencial na
melhora dos indicadores da Matriz de Risco em todas as regiões do estado. Já
foram aplicadas mais de 9,6 milhões de doses de vacina contra Covid-19, das
quais, 3,97 milhões foram de segunda dose ou dose única, estando completamente
imunizados (54,8% da população total). Além disso, 172.821 idosos e
trabalhadores de saúde já receberam a dose de reforço e 9.393 pessoas com
imunossupressão grave receberam doses adicionais. Os dados de vacinação podem
ser conferidos no novo vacinômetro.
Esses resultados
devem ser observados com muita cautela, pois o número de casos ativos, embora
tenha sofrido uma leve redução em relação à semana anterior, passando para
6.026, ainda se apresenta elevado. Para reduzir ainda mais o risco de
transmissão de Covid-19 em Santa Catarina é necessário o avanço da vacinação,
principalmente com a aplicação da segunda dose para todas as pessoas acima de
12 anos, além da aplicação do reforço para idosos e trabalhadores de saúde.
Além disso, devem ser mantidas as medidas de prevenção como uso de máscaras,
distanciamento, buscar ambientes ao ar livre e com ventilação natural e
evitar aglomerações.
O principal
objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota
final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para
cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como
grave e igual a 4 como gravíssimo.
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