Projeto de Ravier Centenaro regulamenta a prestação de serviços de compartilhamento de recursos empresariais, centros de negócios, incubadoras de empresas e escritórios virtuais. Foto: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
A Câmara de
Vereadores de São Miguel do Oeste aprovou em primeiro turno, nesta terça-feira (8), o Projeto de Lei
23/2022, de autoria de Ravier Centenaro (PSD), que dispõe sobre a
regulamentação, instalação e funcionamento de espaços coworking, business
center e escritórios virtuais no município de São Miguel do Oeste. O
texto regulamenta a prestação de serviços de compartilhamento de recursos
empresariais, centros de negócios, incubadoras de empresas e escritórios
virtuais, permitindo que empresas e empreendedores possam ocupar o mesmo imóvel
para desenvolver suas atividades.
O projeto prevê que
as empresas administradoras permitirão a cessão do endereço para registro nos
órgãos competentes e deverão prestar serviços como assessoramento de planejamentos
empresariais, arquivamentos, recebimento e processamento de correspondências e
notificações; secretariado, de atendimento telefônico, recepção entre outros; e
agendamento ou cessão de espaço físico com salas executivas para reuniões,
atendimento ou auditório.
O texto prevê
obrigações para as empresas administradoras dos escritórios virtuais, business
centers e coworking, e para os usuários desses serviços.
Também prevê que as empresas administradoras dos espaços poderão sediar
múltiplas empresas em seu endereço, e que não será de responsabilidade da
administradora infração de qualquer natureza cometida pelos usuários. Por fim,
estabelece que a prestação de serviços de escritórios virtuais, business
centers e coworkings, desde que cumpridos os requisitos da
proposta, não caracteriza sublocação de espécie alguma, uma vez que houve
prestação de serviços na forma contratual.
“Nos últimos anos,
e especialmente por causa da pandemia do novo coronavírus, percebemos também
uma crescente mudança cultural na forma de trabalho dos brasileiros, onde
algumas empresas e pessoas optaram pelo trabalho remoto. Diante desta nova
realidade, empreendedores também buscam soluções e alternativas para o
desenvolvimento de seus trabalhos de forma que a relação custo/benefício possa
ser melhor empregada”, justifica o autor do projeto, Ravier Centenaro.
O vereador aponta
também que a regulamentação atinge vários objetivos, como retirar da
informalidade o pequeno e o microempreendedor, abrir oportunidades de
estabelecimento para o profissional liberal, facilitar a abertura ou o endereço
comercial de novas empresas, e possibilitar a capacitação dos novos
empreendedores.
“A regulamentação
permitirá que múltiplas empresas utilizem o mesmo endereço fiscal,
possibilitando que a empresa administradora receba correspondências em nome da
empresa usuária, independentemente de a empresa prestar trabalho presencial ou
não. A empresa usuária, por sua vez, manterá vínculo contratual com a
administradora, que terá a função de informar as autoridades competentes acerca
dos dados cadastrais e possíveis alterações, assegurando também que a
administradora não venha a sofrer sanções em decorrência de atos praticados
pelos usuários”, acrescenta Centenaro.
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