SMO: Diretor do Hospital Regional expõe na Câmara situação dramática com UTI lotada
Rodrigo Lopes ressaltou que hoje há 23 pacientes em leito de UTI Covid-19 e dois pacientes aguardando transferência por falta de vagas.

23/02/2021 - 17h45

O diretor geral do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, Rodrigo Lopes, participou da sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (23), a pedido do vereador Carlos Agostini (MDB). Ele utilizou espaço na sessão para expor a situação dramática que vive a casa de saúde em razão da pandemia do novo coronavírus. Ressaltou que as UTIs estão lotadas, tanto a UTI normal quanto a UTI reservada para pacientes com covid-19, e que há fila de espera aguardando espaço na unidade de terapia intensiva.

“Hoje há 23 pacientes internados em leito de UTI Covid e mais dois pacientes aguardando transferência”, ressaltou, citando que esta é uma ocupação de 100% da UTI Covid. Além disso, há 10 pacientes com covid na enfermaria, entre 16 leitos no total. Lopes ressaltou que desde o início da pandemia, em março de 2020, 221 pacientes internaram na UTI com Covid-19, e infelizmente 126 pacientes faleceram. Desde o início da pandemia, o Hospital Regional abriu 18 leitos de UTI reservada para pacientes com covid-19; na última semana, foram abertos mais cinco leitos, totalizando 23, hoje todos ocupados.

Lopes ressaltou que muitos desses pacientes são de fora da região de abrangência do Hospital Regional, e que dos pacientes internados na UTI, apenas sete são da região. Especificamente de São Miguel do Oeste, há dois pacientes na UTI e dois na enfermaria com covid.

O diretor do Hospital Regional mostrou dados sobre internações, apontando que desde novembro só aumentaram os pacientes na enfermaria e na UTI, e desde então a UTI esteve sempre lotada. Mostrou os dados de óbitos, que em fevereiro já houve 27 mortes por Covid-19. Em dezembro de 2020 foram 30 óbitos.

Lopes citou problemas hoje enfrentados não só pelo Hospital Regional, mas por todo o mundo: falta de profissionais de enfermagem e aumento do valor dos insumos. Ressaltou que hoje atuam no Hospital Regional 462 funcionários, dos quais 70 médicos. Disse que havia um planejamento financeiro para isso, mas os custos de insumos aumentaram muito, o que é difícil de administrar. “O que temos que fazer é brigar pela ampliação do hospital, da estrutura física, do número de leitos de UTI”, afirmou.

Por fim, o diretor do Hospital Regional fez um apelo. E pediu que a população tenha mudança de comportamento, reduzindo a circulação de pessoas. “Não temos remédio comprovadamente eficaz, e o hospital é o fim da linha. Quando não tem mais o que fazer, o paciente vai para lá se tratar. Muitos duvidavam e ainda duvidam que o vírus existia. Tínhamos 10 leitos de UTI antes da pandemia, e vivia lotado; hoje temos 33 leitos, e segue lotado”, lamentou.

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  • Jornal Regional



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