O diretor geral do
Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, Rodrigo Lopes, participou da sessão da
Câmara de Vereadores desta terça-feira (23), a pedido do vereador Carlos
Agostini (MDB). Ele utilizou espaço na sessão para expor a situação dramática
que vive a casa de saúde em razão da pandemia do novo coronavírus. Ressaltou
que as UTIs estão lotadas, tanto a UTI normal quanto a UTI reservada para
pacientes com covid-19, e que há fila de espera aguardando espaço na unidade de
terapia intensiva.
“Hoje há 23
pacientes internados em leito de UTI Covid e mais dois pacientes aguardando
transferência”, ressaltou, citando que esta é uma ocupação de 100% da UTI
Covid. Além disso, há 10 pacientes com covid na enfermaria, entre 16 leitos no
total. Lopes ressaltou que desde o início da pandemia, em março de 2020, 221
pacientes internaram na UTI com Covid-19, e infelizmente 126 pacientes
faleceram. Desde o início da pandemia, o Hospital Regional abriu 18 leitos de
UTI reservada para pacientes com covid-19; na última semana, foram abertos mais
cinco leitos, totalizando 23, hoje todos ocupados.
Lopes ressaltou que
muitos desses pacientes são de fora da região de abrangência do Hospital
Regional, e que dos pacientes internados na UTI, apenas sete são da região.
Especificamente de São Miguel do Oeste, há dois pacientes na UTI e dois na
enfermaria com covid.
O diretor do
Hospital Regional mostrou dados sobre internações, apontando que desde novembro
só aumentaram os pacientes na enfermaria e na UTI, e desde então a UTI esteve
sempre lotada. Mostrou os dados de óbitos, que em fevereiro já houve 27 mortes
por Covid-19. Em dezembro de 2020 foram 30 óbitos.
Lopes citou
problemas hoje enfrentados não só pelo Hospital Regional, mas por todo o mundo:
falta de profissionais de enfermagem e aumento do valor dos insumos. Ressaltou
que hoje atuam no Hospital Regional 462 funcionários, dos quais 70 médicos.
Disse que havia um planejamento financeiro para isso, mas os custos de insumos
aumentaram muito, o que é difícil de administrar. “O que temos que fazer é
brigar pela ampliação do hospital, da estrutura física, do número de leitos de
UTI”, afirmou.
Por fim, o diretor
do Hospital Regional fez um apelo. E pediu que a população tenha mudança de
comportamento, reduzindo a circulação de pessoas. “Não temos remédio
comprovadamente eficaz, e o hospital é o fim da linha. Quando não tem mais o
que fazer, o paciente vai para lá se tratar. Muitos duvidavam e ainda duvidam
que o vírus existia. Tínhamos 10 leitos de UTI antes da pandemia, e vivia
lotado; hoje temos 33 leitos, e segue lotado”, lamentou.
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