Candice Gehlen Bregalda - Neurocirurgia/Neuropediatria
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma doença
neurocomportamental caracterizada pela retração social, obsessão por
comportamentos repetitivos e problemas na linguagem. Esses pacientes apresentam
uma trajetória atípica da maturação cerebral, que leva a diferenças anatômicas,
funcionais e de conexão entre as diferentes áreas do cérebro, provavelmente
relacionadas aos diferentes sintomas e traços autistas.
Ainda é um mistério o
mecanismo causal, mas sabe-se que há grande influencia genética assim como
ambiental - exposição no período gestacional ao álcool e cigarro, diabetes
mellitus, agrotóxicos, antidepressivos, baixa ingestão materna de gorduras
omega-3.
A primeira descrição da doenca foi feita em 1943 quando Leo
Kanner descreveu um grupo de 11 crianças as quais acreditava terem vindo ao
mundo “sem a predisposição de serem sociais.” Pela Organização Mundial de
Saúde, estima-se que a prevalência seja de 1 a cada 160 crianças, sendo meninos
mais frequentemente acometidos.
Quais os sinais do Autismo?
Devemos suspeitar do TEA quando houver problemas de comunicação
verbal e não-verbal (pobre contato visual, vocabulário reduzido), rigidez em
suas rotinas e brincadeiras, interesses restritos, hipersensibilidade a
estímulos sonoros, luminosos, entre outros. Frequentemente apresentam períodos
de agitação quando saem de sua rotina ou são submetidos a situações estressoras.
Hoje já se sabe que existem
alguns sinais de alerta para o diagnóstico precoce do TEA, que podem ser
observados nos bebês, sendo eles: ausência de contato visual com os pais,
inclusive com a mãe durante a amamentação, não sorrir em resposta aos sorrisos
dos pais, não erguer os braços quando os pais vão pegá-lo, não demonstrar
interesse por objetos, e preferir dormir no berço sozinho a ser ninado no colo.
É importante lembrar que essa
doença persistirá durante a adolescência e vida adulta, e embora isto esteja
mudando, estes pacientes estão sujeitos ao bullying,
estigmatização, discriminação e violação dos direitos humanos. Portanto, o diagnóstico
e tratamento precoces são a melhor forma de reduzir o sofrimento tanto para os
pais como para o paciente.
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- por
- Jornal Regional
- FONTE
- Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste | Médica Candice Gehlen Bregalda - Neurocirurgia/Neuropediatria - CRM-SC: 25746|RQE:16494 | Diretora técnica - Katia Bugs – médica - CRM 10375 – Nefrologista - RQE 5333
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