
Vanessa Grolli Klein, médica ginecologista, obstetra e medicina fetal
Preservativo, camisinha, chame como quiser! O importante
mesmo é não deixar de usar este que é o método mais seguro contra a transmissão
de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
A terminologia
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição
à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a
possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e
sintomas.
Como são transmitidas?
Principalmente por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com
uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer,
ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De
maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual,
pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais
contaminadas.
Quais são as principais IST?
- Condiloma Acuminado (HPV):
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na
maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos,
sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações
subclínicas (não visíveis a olho nu).
No início aparecem algumas verrugas no pênis, vagina, ânus ou boca. Caso não seja tratada logo no início, as verrugas se multiplicam e crescem de tamanho, sendo necessária cirurgia para retirá-las. As mulheres devem fazer o preventivo do Câncer pelo menos uma vez ao ano ou conforme orientação médica. Mesmo após o tratamento, as lesões podem reaparecer.
Como prevenir?
- Sífilis:
É uma infecção curável e exclusiva
do ser humano, causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode apresentar várias
manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária,
latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a
possibilidade de transmissão é maior.
Na primeira fase, o único sintoma
é uma ferida, sem dor, no pênis, vagina ou boca. Na
segunda fase aparecem manchas pelo corpo, inclusive nas plantas dos pés e palmas
das mãos. Se não tratada logo no início, pode passar para a terceira fase, na
qual os ossos, o coração e o cérebro são afetados de forma grave.
Como fazer o diagnóstico?
O teste rápido
(TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e
de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 20 minutos.
Tem tratamento?
Sim! Para o
paciente e seu parceiro, ambos devem ser tratados.
- Herpes Genital:
Herpes genital não tem cura. Se
manifesta com lesões (bolha ou vesícula) que somem sozinhas.
- Tricomoníase:
Afeta principalmente as mulheres,
com corrimento amarelo-esverdeado, mau cheiro, ardência ao urinar, coceira e
dor no ato sexual.
- Gonorreia:
No início, a
doença apresenta corrimento amarelo esverdeado com cheiro ruim e ardência ao
urinar. Se não tratada, pode afetar trompas, ovários, próstata, testículos e
evoluir para a fase em que provoca inflamação das articulações, problemas no
coração, no cérebro e esterilidade.
- Hepatite B e C
Como se pega?
Por meio de relações sexuais desprotegidas,
sangue contaminado, material perfuro cortantes contaminado e da mãe portadora
para filho na hora do parto.
Evolução: A principal consequência são doenças
hepáticas, como cirrose e o câncer de fígado, que podem não apresentar
sintomas, portanto exigem atenção especial. Hepatite B tem tratamento e
Hepatite C tem cura. Verifique se está
vacinado para Hepatite B!!!
- HIV/AIDS:
Ainda não
existe cura. Os sintomas podem levar vários anos para se manifestar, mas o
vírus HIV é transmitido desde o início da doença. Então se houver suspeita,
você e seu parceiro devem fazer o exame de HIV nas unidades de Saúde.
RECONHEÇA OS SINAIS MAIS COMUNS DE ALGUMAS
ISTs:
-Feridas na
vagina, pênis ou boca
-Corrimento na
vagina, pênis, ânus ou boca
- Verrugas na
vagina, pênis, ânus ou boca
- Ínguas.
Use SEMPRE preservativo em qualquer relação sexual (vaginal, anal, oral), além de prevenir IST evita gravidez indesejada!
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- por
- Jornal Regional
- FONTE
- Vanessa Grolli Klein, médica (CRM/SC 20104) ginecologista e obstetra (RQE 16164) e medicina fetal (RQE 16388) | Médica Katia Bugs, diretora técnica - CRM 10375
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