O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta
terça-feira (30) que a extensão do auxílio emergencial aos brasileiros será de
mais três meses, mas afirmou que ela pode ir além, enquanto durar a
crise.
As três primeiras parcelas, de
R$ 600 a R$ 1.200, foram dadas a trabalhadores que comprovaram ter ficado sem
recursos por causa da pandemia do novo coronavírus. Mais três mensalidades
serão pagas, provavelmente de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, nessa ordem.
Guedes participou nesta manhã
de uma videoconferência com deputados federais e senadores sobre a covid-19.
Até o momento, disse Guedes, a
covid-19 tem se portado de acordo com as previsões do ex-ministro da Saúde Luiz
Henrique Mandetta. "A gente sabia que em abril a pandemia estaria em alta,
maio, junho e início de julho continuava em cima, num platô, e no final de
julho para agosto ela descia forte."
O ministro não quis dar
detalhes sobre os valores que serão pagos na extensão das parcelas 4 a 6. O
anúncio deve ser feito ainda nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ele também aproveitou a
conversa online para defender o retorno controlado e seguro das atividades que
geram riquezas ao país e voltou a dizer que a economia do Brasil, no final
dessa pandemia, vai surpreender o mundo.
"Podemos, sim, nos
recuperar muito mais rápidos que o resto do mundo", disse. Segundo ele, a
solidariedade que tem visto no país mostra que o Brasil vai sair rapidamente da
crise, destravando investimentos e estimulando o emprego.
"Eu não vou traçar um
cenário cor de rosa, o que eu posso oferecer é suor, trabalho. Se fizermos
isso, temos condição, sim, de estar muito bem lá na frente. Depois de vinte
anos em que vínhamos em desaceleração econômica, estávamos começando uma
aceleração, e isso nós retomamos [após a pandemia]."
"Em três, quatro meses
vai estar bastante claro se teremos essa oportunidade [de crescimento]. Vamos
trabalhar nesses três meses. O futuro depende do que fizermos hoje",
analisou.
Emissão
de moeda
Guedes afirmou que não
acredita que o país entrará em uma depressão. "Se nós caíssemos e
ficássemos lá embaixo, estaríamos nos aproximando da situação de liquidez,
quando o juro desce para zero e não há mais diferença entre títulos que pagam
juros e moedas que não pagam. Aí sim iríamos permitir ao nosso Banco Central
que ele recompre ativos em geral e emita moeda, sem perigo de inflação nesse
caso limite. Mas estamos muito distante dessa situação."
Em sua análise, o Brasil está
preparado para emitir moeda, mas não necessita dessa estratégia no momento.
"Acredito que na verdade vamos sair muto bem dessa crise", reforçou.
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