Caso Montagna: mandante da morte de advogado é condenado pelo Tribunal do Júri de São Miguel do Oeste
Cezar Gastão Fonini terá de cumprir 30 anos de reclusão e pagar R$ 500 mil à família da vítima pelo dano moral causado. O crime ocorreu em agosto de 2018 no município de Guaraciaba.

Foto: Portal Peperi

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10/03/2023 - 07h26

Após quatro dias de sessão, o Tribunal do Júri da Comarca de São Miguel do Oeste acolheu a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou Cezar Gastão Fonini a 30 anos de reclusão por ser mandante do assassinato do advogado Joacir Montagna. O crime ocorreu em agosto de 2018 no município de Guaraciaba. O réu também foi sentenciado a pagar R$ 500 mil à família da vítima pelo dano moral sofrido. A ré Maria de Lourdes Fonini foi absolvida pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

Com relação ao crime de associação criminosa, houve pedido do Promotor de Justiça pela absolvição por entender que a conduta era atípica por ausência dos requisitos de estabililidade e permanênia e número indeterminado de crimes, tendo sido seguido pela Defesa e assim aceito pelos jurados. 

O Conselho de Sentença entendeu que Cezar praticou um homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado. 

O Promotor de Justiça Marciano Villa representou o Ministério Público na sessão que teve início na segunda-feira (6/3) e encerrou na manhã desta quinta-feira (9/3), após quase 40 horas entre produção de provas em Plenário e debates entre acusação e defesa e votação e leitura da sentença.  

Entenda o caso  

Conforme a denúncia, em 2018, Cezar, que estava preso em Chapecó, decidiu mandar matar Joacir. O homicídio foi motivado porque o réu sentiu-se prejudicado financeiramente em um processo cível em que a vítima atuava como procurador da outra parte.  

Então, para colocar o crime em prática, um homem foi contratado e passou a dirigir e coordenar a ação para matar o advogado Joacir. Para isso, contratou um terceiro para execução do homicídio, prometendo-lhe pagamento e o fornecimento da arma de fogo. Esse terceiro contatou mais dois homens para executar o crime.   

Assim, na manhã do dia 13 de agosto de 2018, por volta das 9h, os três homens foram até o escritório de advocacia da vítima, no Centro de Guaraciaba. No local, um deles entrou no estabelecimento, rendeu o advogado e o matou com um disparo de arma de fogo na cabeça.  

Recursos 

Cabe recurso da sentença, mas ao réu foi negado o direito de recorrer em liberdade.  

Executores 

Os responsáveis pela execução do homicídio já foram condenados pelo crime ainda em 2019. 

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • MPSC/Coordenadoria de Comunicação Social



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