Foto: Portal Peperi
Após quatro dias de sessão, o Tribunal do Júri da Comarca de
São Miguel do Oeste acolheu a tese do Ministério Público de Santa
Catarina (MPSC) e condenou Cezar
Gastão Fonini a 30 anos de reclusão por ser
mandante do assassinato do advogado Joacir Montagna. O
crime ocorreu em agosto de 2018 no município de Guaraciaba. O réu também
foi sentenciado a pagar R$ 500 mil à família da vítima pelo dano moral
sofrido. A ré Maria de Lourdes Fonini foi absolvida pelo crime de
homicídio triplamente qualificado.
Com relação ao crime de
associação criminosa, houve pedido do Promotor de Justiça pela absolvição por
entender que a conduta era atípica por ausência dos requisitos de
estabililidade e permanênia e número indeterminado de crimes, tendo sido
seguido pela Defesa e assim aceito pelos jurados.
O Conselho de Sentença entendeu
que Cezar praticou um homicídio triplamente qualificado por
motivo torpe, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da
vítima. A pena deverá ser cumprida em
regime inicial fechado.
O Promotor de Justiça
Marciano Villa representou o Ministério Público na sessão que teve
início na segunda-feira (6/3) e encerrou na manhã desta quinta-feira
(9/3), após quase 40 horas entre produção de provas em Plenário e debates
entre acusação e defesa e votação e leitura da sentença.
Entenda o caso
Conforme a denúncia, em
2018, Cezar, que estava preso em Chapecó, decidiu
mandar matar Joacir. O homicídio foi motivado porque
o réu sentiu-se prejudicado financeiramente em um
processo cível em que a vítima atuava como procurador da outra
parte.
Então, para colocar o crime
em prática, um homem foi contratado e passou a dirigir e
coordenar a ação para matar o advogado Joacir. Para isso, contratou um
terceiro para execução do homicídio, prometendo-lhe pagamento e o
fornecimento da arma de fogo. Esse terceiro contatou mais
dois homens para executar o crime.
Assim, na manhã do dia 13 de agosto de
2018, por volta das 9h, os três homens foram até o
escritório de advocacia da vítima, no Centro de Guaraciaba.
No local, um deles entrou no estabelecimento, rendeu o advogado
e o matou com um disparo de arma de fogo na cabeça.
Recursos
Cabe recurso da sentença, mas ao réu foi
negado o direito de recorrer em liberdade.
Executores
Os responsáveis pela execução do homicídio já
foram condenados pelo crime ainda em 2019.
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