Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP
O brasileiro Darlan Romani terminou a final do
arremesso do peso dos Jogos Olímpicos de Tóquio na quarta colocação na
madrugada desta quinta-feira, pelo horário brasileiro. Darlan melhorou em uma
posição a sua classificação em relação à Olimpíada no Rio-2016, mas ficou de
fora do pódio ao obter a marca de 21,88 metros.
Os Estados Unidos fizeram dobradinha. Ryan Crouser foi medalha de
ouro, com direito a quebra do recorde olímpico (23,30 metros). Joe Kovacs ficou
com a prata ao arremessar 22,65m. Já Tom Walsh, da Nova Zelândia, completou o
pódio com 22,47m.
Havia expectativa de que Darlan pudesse conquistar uma medalha e
ele até que começou a prova bem. Fez 21,88 metros, a sua melhor marca na
temporada. Naquele momento, ele chegou a estar na segunda posição na prova.
Mas depois Darlan não conseguiu melhorar o seu desempenho para que
conseguisse superar os adversários. No segundo arremesso, fez 21,22 metros e na
terceira tentativa, 20,96m.
Visivelmente insatisfeito com o seu rendimento, Darlan ficava
andando sozinho pelo Estádio Olímpico de Tóquio, simulando que estava
arremessando o peso enquanto aguardava a sua vez. Em outros momentos, procurava
uma sombra para escapar do Sol e amenizar o forte calor.
O brasileiro acabou queimando o quarto e o quinto arremessos.
Partiu para o tudo ou nada na sexta tentativa, porém acabou tendo o seu pior
arremesso do dia, com 20,70 metros. Logo que o peso bateu no chão, o brasileiro
percebeu que não tinha ido bem e já bateu palmas em direção à arquibancada,
onde estavam integrantes da delegação do Time Brasil torcendo por ele.
Após o quinto lugar no Rio, Darlan subiu de produção e no Mundial
de Doha, em 2019, foi o quarto colocado, com 22,53 metros. A melhor marca da
sua carreira é 22,61m, conquistada em uma etapa da Diamond League daquele ano.
Se tivesse repetido esse índice nesta quinta-feira, por exemplo, ele seria
medalha de bronze em Tóquio.
Mas na reta final de preparação para a Olimpíada no Japão, ele
sofreu uma série de problemas que acabaram lhe prejudicando. No ano passado, no
início da pandemia, Darlan teve de improvisar treinos em um terreno baldio
perto de sua casa, em Bragança Paulista, no Interior do Estado.
Esse ano, pegou Covid-19, teve uma lesão nas costas e ainda passou
os últimos meses longe do seu treinador, que estava em Cuba enquanto ele
treinava no Brasil.
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