Avião PP-ZRT no qual o empresário catarinense estava – Foto: Antonio Beghello/El Cordillerano/Reprodução
As buscas pelo avião ocupado por três brasileiros que desapareceu na Argentina completou 15 dias na última quarta-feira (20). Apesar da aeronave ainda não ter sido encontrada, a Defesa Civil de Chubut revelou otimismo com os trabalhos que têm sido feitos.
Em entrevista ao periódico El Chubut, da Argentina, o diretor da Defesa Civil de Chubut, José Mazzei, deu detalhes das operações de busca pelo avião.
A Prefeitura Naval
Argentina, por meio do Serviço Especial de Resgate e Salvamento, colabora com a
procura com uma “equipe de sonar hidrográfico de barra lateral”.
Mazzei explicou à
publicação que a “polícia brasileira forneceu contatos com cinco antenas de
celular que, com base na triangulação, nos dão um novo ponto de dados”.
Segundo o diretor,
primeiro foi feito um trabalho com o Conicet-Cenpat (Centro Nacional
Patagônico), órgão argentino dedicado à promoção da ciência no país, com
equipamentos de imagens subaquáticas, robô e câmeras de arrasto para
intensificar a busca pelo ponto certo que a equipe possuía.
Junto com a equipe
do Conicet-Cenpat, foi realizada “uma inspeção do fundo do mar para ver se o
sonar poderia ser usado nesta área”.
Cabe relembrar que
o rastreamento é focado no mar porque uma antena registrou uma conexão de
celular no setor que coincide com o trajeto do avião.
“Em 48 horas
conseguimos ter uma cobertura de uma milha quadrada e estimamos que o radio de
cobertura seja em torno de 16 milhas”, informou o diretor. “Vai demorar
vários dias, mas estamos muito otimistas com o trabalho que estamos fazendo”,
completou.
Celular indica pista
Em entrevista ao
periódico La Nacion, da Argentina, Mazzei revelou que o telefone celular de um
dos ocupantes da aeronave, a partir do cruzamento de dados com antenas da
região, indica uma localização a leste da cidade de
Comodoro Rivadavia, em alto mar.
“Conseguimos ter as
informações de geolocalização dos celulares dessas pessoas. Eles tinham três
telefones iPhone. Um deles é o que teve o sinal mais constante e é o que indica
uma localização a leste de Comodoro Rivadavia (na altura do aeroporto) e vamos
procurar lá”, disse o responsável. O sinal foi detectado pela Polícia Civil de
Santa Catarina.
Relembre o caso
No dia 6 de abril o
avião catarinense desapareceu na Argentina. A aeronave Van’s RV-10 era ocupada
pelo empresário Toninho Ramos, o advogado Mário Pinho e o médico Gian Carlos
Nercolini.
O voo saiu de El Calafate, Sul da Argentina, com destino a Trelew, na Patagônia. O último contato registrado foi com o CCA (Centro de Controle de Área) de Comodoro Rivadavia.
O CCA alertou o serviço de busca e salvamento após várias tentativas de comunicação, mas sem sucesso. O alerta foi ativado e o protocolo de busca pela aeronave também. As buscas começaram no mesmo dia.
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