A
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) lançou nesta quinta-feira (1º) o
novo Programa de Retomada Fiscal, voltado para a regularização de empresas que
estão com débitos inscritos na Dívida Ativa da União (DAU). A iniciativa tem
potencial para beneficiar 1,3 milhões de empresas, sendo a maioria delas micro
e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional.
Durante a coletiva
de lançamento do programa, o assessor especial do Ministério da Economia,
Guilherme Afif Domingos, afirmou que a quitação de débitos tributários será uma
oportunidade para os empresários retomarem o crescimento econômico e voltarem a
gerar renda e emprego. “Sabemos de todas as dificuldades que estão sendo enfrentadas
pelos empreendedores com a crise desencadeada pelo coronavírus. O antigo Refis
não atendia as empresas menores, que se encaixam no Simples, por isso essa lei
de transição fiscal é tão importante”, observou.
De acordo com Afif,
a nova modalidade de financiamentos de débitos possibilita “personalizar” a
negociação conforme o tamanho da empresa. “O diferencial desse programa é estar
atento às especificidades de cada empresa contemplada. A equipe da PGFN irá
analisar o perfil de cada contribuinte. O Sebrae, como instituição parceira do
empreendedor, irá divulgar o novo programa através do Mutirão pela Retomada.
Auxiliar os micro e pequenos negócios é investir na recuperação econômica”,
afirmou Afif.
O Procurador-Geral
da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, destacou os números já alcançados pela
iniciativa. “O programa já alcançou números expressivos, foram 80 mil acordos
celebrados, envolvendo 275 mil débitos, somando R$ 30 bilhões em negociações
com os contribuintes que estavam com tributos atrasados. O principal
diferencial desse novo programa, em relação ao Refis, está no tratamento
diferenciado que daremos em cada atendimento. Costumo dar o exemplo que o Refis
era como um médico que passa o mesmo medicamento para todos seus pacientes. A
transação tributária vai analisar cada caso, as características e capacidades
de cada empresa. Em alguns casos os juros e encargos chegam a ser zerados”,
completou Soriano.
Carlos Melles,
presidente do Sebrae, elogia a iniciativa da PGFN, na medida em que pode
atender a muitas microempresas e empresas de pequeno porte com débitos na
Dívida Ativa: “Vamos divulgar a transação tributária por todos os nossos canais
e rede, de forma que a micro e pequena empresa possa aproveitar a oportunidade
de regularizar a parte de seus débitos tributários que está na PGFN”. Melles
ressalva, todavia, que “as dificuldades dos pequenos negócios vão muito além
disso, principalmente em virtude da pandemia, e será preciso construir novos
mecanismos de renegociação no Congresso Nacional.”
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