Um idoso, de 66
anos, foi denunciado por estupro de vulnerável praticado contra as enteadas,
que na época dos crimes tinham 11 e 13 anos, em Caibi, no Oeste de Santa
Catarina. Segundo informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC),
por meio da Promotoria de Justiça de Palmitos, a mãe das vítimas também foi
denunciada por estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual de
vulnerável, pois seria conivente com os crimes. A denúncia foi recebida pela
Justiça na última segunda-feira (23).
Conforme a
denúncia, entre 2020 e 2021, o réu teria praticado diversos atos libidinosos
contra as vítimas. As agressões teriam ocorrido na residência da família e no
local de trabalho do réu, nas dependências da agência da Companhia Catarinense
de Águas e Saneamento (CASAN) em Caibi – em uma das ocasiões em que ele
praticou o crime de estupro de vulnerável, o denunciado levou para a sede da
empresa presentes, doces e roupas íntimas para a vítima vestir, além
travesseiros e cobertas.
O homem, conforme a
peça acusatória, inclusive, teria pedido uma das meninas em “namoro” e lhe
ofertado um celular. Em outra oportunidade, diante da recusa de uma das vítimas
em ceder às investidas, o réu retirou os presentes já entregues e os alimentos
da família, ameaçando que todos passariam fome se ela não cedesse.
Denúncia contra a
mãe das vítimas
A mãe das vítimas,
que é companheira do acusado, também foi denunciada por estupro de vulnerável,
pois permitia os abusos sexuais do réu contra as meninas, inclusive dentro da
casa da família. Ela também teria autorizado o “namoro” de uma das filhas com o
denunciado.
O MPSC ainda
denunciou a ré por favorecimento à exploração sexual de vulnerável. Por não
trabalhar e não ter renda, ela teria dito às filhas que o padrasto somente
continuaria arcando com o pagamento das despesas familiares básicas, inclusive
de alimentação, se elas satisfizessem os desejos sexuais do acusado. A
denunciada argumentava que as filhas estariam ajudando a mãe e, ainda, seriam
presenteadas.
Prisão preventiva e
responsabilidade funcional
Na denúncia, a
Promotora de Justiça Silvana do Prado Brouwers requereu a prisão preventiva do
acusado, mas o pedido foi negado pela Vara Única da Comarca de Palmitos. Foram
aplicadas ao réu medidas cautelares, como proibição de manter contato com as
vítimas e de se ausentar da comarca, além do recolhimento domiciliar entre 20h
e 6h.
Quanto ao pedido do
MPSC de que a Casan seja notificada, o juízo determinou que se oficie a
companhia para que a responsabilidade funcional do réu também seja apurada, já
que ele teria utilizado as dependências da agência, por diversas vezes, para
consumar os crimes de estupro de vulnerável.
>>>PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook