Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Um levantamento feito pelo Observatório de Negócios do
Sebrae/SC, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED) do Ministério da Economia, demonstra que dos 14.966 novos empregos
gerados em Santa Catarina no mês de junho, os pequenos negócios são
responsáveis por 77,38% destas oportunidades, ou seja, contribuíram com 11.580
empregos do total, em regime CLT.
Somando os meses de janeiro a junho, considerando os 126.111 empregos já
gerados em 2021 em todos os portes no Estado, as micro e pequenas empresas
(MPE) lideram a geração de empregos no ano, correspondendo a 84.567 empregos,
ou seja, 67,1% do saldo anual.
Em junho, as micro e pequenas empresas lideram a geração de empregos nos
setores de serviços (4.151), indústria (3.042) e comércio (3.062). Ao analisar
os demais portes, dois setores econômicos apresentam saldo acumulado negativo
no mês, sendo eles construção civil (-44) e serviços (-26). No acumulado do
ano, os setores de indústria (55.962) e serviços (44.735) representam 79,8% dos
novos postos de trabalho em 2021.
“Os pequenos negócios ainda enfrentam desafios, mas o empreendedor
catarinense é resiliente, continua se reinventando e inovando para conseguir
manter o seu negócio em funcionamento. Mesmo com os impactos
sofridos, é importante considerarmos os avanços já alcançados. O Sebrae/SC atua
incansavelmente em busca de auxiliar as micro e pequenas empresas do Estado,
promovendo iniciativas que visam minimizar os impactos sofridos pela pandemia,
para que possamos continuar gerando empregos e contribuindo para a retomada da
economia no País”, afirma Carlos Henrique Ramos Fonseca, Diretor
Superintendente do Sebrae/SC.
SEGMENTO
Confirmando a tendência que se apresenta desde janeiro de 2021,
a confecção de artigos do vestuário e acessórios permanece como a
atividade econômica que mais gerou empregos neste ano, com 10.640 novos postos
de trabalho, seguido da administração do estado e da política econômica e
social, com 6.208 novos empregos.
Considerando somente o mês de junho, a atividade de confecção de artigos
do vestuário e acessórios também ocupa a 1ª posição no ranking, com 966 novos
empregos, seguida pelo comércio varejista com 844 novas vagas e transporte
rodoviário de cargas, com 577 empregos.
ATIVIDADES
QUE MAIS PERDERAM EMPREGOS
A atividade de locação de mão de obra temporária é o setor que apresenta
maiores dificuldades no ano, com -3.874 postos de trabalho, seguido por hotéis
e similares (-1.602) e comércio varejista não especializado (-1.385).
No mês de junho, a locação de mão de obra temporária também ocupa a 1ª
posição no ranking de atividade econômica mais impactada, com uma redução de
2.035 postos de trabalho, seguida de atividades de teleatendimento (-157) e
processamento industrial do fumo (-147).
REGIÕES
Todas as regiões do Estado permanecem acumulando saldos positivos de
empregos no ano, considerando todos os portes. A região Norte se destaca na
geração de empregos, representando 26.018 novos postos de trabalho em 2021,
seguido do Vale do Itajaí com 23.110, que juntas representam 39% dos empregos
gerados. O destaque no mês de junho ficou com a região da Foz do Itajaí, que
contratou 3.040 novos trabalhadores, 21,5% do resultado mensal do Estado.
Considerando todos os portes entre as cidades, em que entram as médias e
grandes empresas, Joinville e Blumenau se destacam como as que mais geraram
empregos no acumulado de empregados em 2021 até o mês de junho, somando 20.601
postos de trabalho. Seguem em 3º e 4º lugar no ranking São José (6.658) e
Itajaí (6.412).
Outro avanço é de que a lista de cidades no Estado que geraram mais de mil
empregos em 2021 continua aumentando, e já soma 30 cidades. Ao analisarmos
apenas o mês de junho, a cidade de Itajaí foi responsável pela maior geração de
empregos no mês, ou seja, 1.083 novos postos de trabalho, seguido de Joinville
(1.053), São José (957) e Chapecó (881). As duas primeiras posições (Itajaí e
Joinville) se repetem no cenário de novas contratações nas micro e pequenas
empresas, com 1.050 e 818 empregos gerados, respectivamente.
Neste mês, são 21 cidades que perderam empregos em 2021, uma a menos que
no mês de maio, e que somadas correspondem a menos 1.687 postos de trabalho.
No acumulado do ano, e considerando todos os portes, a cidade que mais
perdeu empregos continua sendo Bombinhas, com -964 postos de trabalho. O mesmo
cenário se observa quando se trata das micro e pequenas empresas, no qual
Bombinhas continua sendo o município mais impactado, com -746 empregos, seguido
de Imbuia (-101), os únicos municípios do porte a perderem mais de cem
empregos.
No mês de junho, considerando todos os portes, Tubarão foi a cidade que
apresentou uma maior redução de postos de trabalho, com -295, seguido de
Siderópolis (-115), ambos municípios localizados na região Sul Catarinense.
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